Quinta, 23 De Janeiro De 2025
       
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Com impugnação de Valmir, segundo turno deve ficar entre Rogério e Fábio


Publicado em 01 de outubro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


A decisão aconteceu na retomada da análise do caso. No dia 2 de junho, após o voto do relator, negando o pedido dos requerentes, um pedido de vista do ministro Carlos Horbach interrompeu o julgamento.

O ex-prefeito Valmir de Francisquinho (PL) continua pedindo votos mesmo tendo a sua candidatura a governador impugnada, por unanimidade, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como seu nome ainda vai aparecer na urna, todos os votos que porventura receber serão considerados nulos e não influenciam no resultado final da eleição, independente do percentual obtido.
Com isso, o segundo turno da disputa estadual deve ser disputado entre o senador Rogério Carvalho (PT) e o deputado Fábio Mitidieri (PSD). Os dois estão empatados com 17% na pesquisa Ipec divulgada pela TV Sergipe na noite de quinta-feira (29).
O senador Alessandro Vieira (PSDB) aparece na pesquisa com 7%. Ele vem tentando ser o desaguadouro dos votos de Valmir, alegando que esses votos são de oposição ao governo Belivaldo Chagas (PSD). A estratégia adotada pelo ex-prefeito, no entanto, vai em sentido contrário. Francisquinho mantém a farsa da candidatura, e o percentual de votos de Alessandro não deve ser mudar muito.
A decisão do TSE de quinta-feira, que julgou de uma só vez tanto o recurso de Valmir contra a manutenção de sua inelegibilidade e o registro de sua candidatura, acaba com a possibilidade de o eleitor sergipano ter que participar de uma eleição adicional. Como é carta fora do baralho, mesmo que diga que não, a eleição no estado será encerrada mesmo com o segundo turno.
Em 23 de junho, o Plenário do TSE decidiu, por maioria, pela cassação e inelegibilidade pelo período de oito anos do deputado estadual por Sergipe Talysson Barbosa Costa (Talysson de Valmir). A decisão também confirmou a inelegibilidade de Valmir de Francisquinho), ex-prefeito de Itabaiana , pelo mesmo período a contar das eleições de 2022.
Valmir e Talysson foram julgados pelos abusos cometidos durante a campanha eleitoral de 2018. De acordo com o acórdão regional, o então prefeito teria participado em “excesso” da campanha do filho, então candidato à Assembleia Legislativa do estado.
A decisão aconteceu na retomada da análise do caso. No dia 2 de junho, após o voto do relator, negando o pedido dos requerentes, um pedido de vista do ministro Carlos Horbach interrompeu o julgamento.
O acórdão do TRE-SE destaca que a estrutura da prefeitura teria sido utilizada a favor da campanha com uso abusivo e intencional da cor azul, tanto em prédios públicos, canteiros, praças, sites, publicações e uniformes do município. A tonalidade também estaria presente na campanha do candidato a deputado, denominada de “Onda Azul”, para caracterizar a continuidade da gestão.
Para o ministro Sérgio Banhos, que já havia votado no sentido de manter a decisão do regional, os fatos comprovados nos autos caracterizam a prática de abuso de poder político e econômico, com uso de propaganda irregular e uso da máquina administrativa municipal, o que trouxe desequilíbrio à disputa. A inelegibilidade foi mantida por 4 X 3.
Se o TSE não tivesse realizado o julgamento às vésperas da eleição, Valmir poderia ser eleito até o no primeiro turno, como mostram as pesquisas, o que levaria a uma grande crise política no estado. Com a impugnação, não há mais riscos de judicialização, já que os votos que Valmir venha a receber serão considerados nulos. E votos nulos e em branco são descartados da totalização do TSE, que leva em consideração apenas os votos válidos, independente do percentual que eles venham a representar.
Como a impugnação do candidato o PL se deu no dia do encerramento da propaganda eleitoral, Fábio, Rogério e Alessandro não têm muito o que fazer até o domingo da eleição. As atividades de rua dão volume às campanhas, mas representam muito pouco do ponto de vista eleitoral.
Neste sábado, véspera da eleição, Fábio vai continuar usando e abusando da máquina do governo do estado colocada à disposição de sua campanha pelo governador e seus secretários, Rogério insistirá que é o candidato de Lula em Sergipe, enquanto Alessandro continuará sonhando com os votos de Valmir de Francisquinho.
É pouco provável que o quadro eleitoral muito mude em tão pouco tempo.

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