Delegada e PM durante entrevista coletiva sobre o crime. Foto: Divulgação
Com medo, assassinos de sargento da PM se entregam e estão presos
Publicado em 16 de janeiro de 2018
Por Jornal Do Dia
Dois acusados pelo assassinato do policial militar Gilson Alves de Souza, 46 anos, estão presos desde o último sábado, quando se apresentaram ao representante plantonista do Ministério Público, no Fórum Gumercindo Bessa. Glaziel Inácio dos Santos, o “Gueu”, 21 anos; e o cunhado dele, um adolescente de 15 anos, compareceram ao local acompanhados por um advogado, depois que policiais do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri) divulgaram imagens gravadas por câmeras de segurança instaladas em frente à casa onde o sargento morava, no bairro Veneza (zona oeste de Aracaju). Por meio do advogado, eles procuraram a juíza plantonista Elaine Celina Afra Gonçalves, a quem manifestaram a intenção de se entregar e afirmaram que queriam preservar suas integridades físicas.
Ontem, em coletiva de imprensa, a delegada do Depatri, Juliana Alcoforado, informou que várias equipes das polícias Civil e Militar fizeram diligências e buscaram informações dcesde a confirmação da morte do sargento, na manhã desta quinta-feira. “Com os nossos agentes em campo, além do apoio das equipes do Cope e da Polícia Militar, conseguimos ter acesso a imagens de câmeras de segurança próximas ao local que registraram toda a movimentação da dupla e isso acabou auxiliando na prisão dos autores”, disse a delegada.Após a análise do material e buscas realizadas na localidade, os policiais chegaram à identificação da dupla e passaram a fazer buscas em possíveis locais onde poderiam estar, já que os suspeitos não se encontravamnos endereços cadastrais.
Depois de se entregarem no fórum e serem transferidos para o Depatri, ‘Gueu’ e o menor confessaram o crime, alegando que queriam roubar o veículo pertencente ao sargento da PM. “Colhido os depoimentos, demos cumprimento aos mandados de prisão e de internação provisória expedidos pelo Poder Judiciário”, ressaltou a delegada. Ainda em depoimento, o adolescente ainda afirmou que entrou em luta corporal com o policial e por isso teria efetuado o disparo.
Apesar de terem confirmado a autoria do crime, ambos negaram-se a apresentar a localização da arma do policial e da arma utilizada no crime. De acordo com Juliana, a dupla informou que se desfez das armas no momento da fuga e não souberam apontar o local exato onde elas estariam.Ambos residem no loteamento Nova Liberdade, município de Aracaju, mesmo local onde o veículo subtraído da vítima foi recuperado. O adolescente já possui passagem pela polícia.
Uma pista decisiva foi descoberta na tarde de sexta-feira, um dia após o crime, quando os agentes do Depatri apreenderam um revólver calibre 38 com uma mulher, que afirmou ter recebido a arma de dois rapazes na manhã do crime e a escondido em um buraco que cavou no quintal da residência. “Ao exibirmos as imagens dos suspeitos à mulher, ela disse que os rapazes que pediram para ela esconder a arma eram muito parecidos com o das imagens, mas acreditava que não eram eles”, disse a delegada. A arma será submetida à perícia técnica para saber se, de fato, foi a mesma utilizada no crime.
Presente na coletiva, o comandante do Policiamento Militar da Capital (CPMC), tenente-coronel Vivaldy Cabral, falou sobre a importância do trabalho integrado entre as forças de segurança pública, na resolução do crime e prisão dos envolvidos: "o trabalho da Segurança Pública nesse caso, especificamente, mostra que as polícias Militar e Civil estiveram empenhadas desde o momento em que o fato ocorreu, e isso foi fundamental para identificar esses indivíduos. O trabalho da PM e da PC foram suficientes para que essas pessoas se apresentassem voluntariamente, sabendo elas que seriam presas no mais curto espaço de tempo possível".