A atleta Alexandra e o Ministro do Esporte Aldo Rebelo, na solenidade de assinaturas do convênio com o Banco do Brasil
Com novos investimentos, Handebol terá seleção permanente antes da Olimpíada
Publicado em 14 de julho de 2013
Por Jornal Do Dia
O anúncio do patrocínio do Banco do Brasil, esta semana, para o handebol turbinou os projetos da confederação para a Olimpíada do Rio-2016. Agora, a entidade soma R$ 13,4 milhões em receitas fixas anuais, contando Banco do Brasil, Correios e Lei Piva, fora aportes extras do governo federal. Com esse suporte financeiro, o presidente da confederação, Manoel Luiz Oliveira, já tem o plano de criar duas seleções permanentes, nos últimos seis meses de preparação para os Jogos.
Explica-se: boa parte do dinheiro público injetado na confederação é usado para salários de atletas, enquanto estão com a seleção. São os chamados auxílios. No momento, existem cerca de 44 jogadores, metade do masculino e metade no feminino, que são beneficiados com essa verba nos períodos de treinamento.
A intenção dos cartolas da entidade, agora, é expandir o máximo possível esses períodos dos atletas com o time nacional. O obstáculo é o fato de quase todos os melhores jogadores brasileiros atuarem na Europa, com bons salários em países tradicionais do continente. Resultado: é preciso gastar mais para ter os atletas por mais tempo juntos.
Com esse plano, a confederação já tem uma parceria com o time austríaco Hypo, para onde levou quase toda a seleção feminina. Isso aumenta o entrosamento das jogadoras. Houve uma proposta similar de um time masculino da Dinamarca, para também reunir os jogadores brasileiros neste ano. O acordo não saiu, mas pode ser negociado para 2014.
Mas o pulo do gato para a confederação seria reunir as duas seleções nacionais com seis meses de antecedência à Olimpíada, para treinos no Brasil. "Ainda não dá (o dinheiro). Isso seria um extra. Mas já estamos falando com os atletas sobre isso. Os brasileiros estão supervalorizados na Europa, e vão estar muito mais em 2016?, explicou Manoel Luiz Oliveira.
O presidente da confederação entende que o time brasileiro já está praticamente no nível dos europeus, principalmente o feminino. O que falta é ter um elemento que lhe dê vantagem extra nos Jogos. É dessa forma que ele vê o projeto da seleção permanente. Até porque, a confederação avalia que é possível brigar por medalhas no feminino, que já tem um dos times mais fortes do mundo e no masculino, que ainda tem de evoluir. Mas, para isso, a confederações terá de receber mais alguns milhões na avaliação da sua diretoria.