Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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COMEÇA A FALTAR DINHEIRO NOS CASHS


Publicado em 24 de setembro de 2013
Por Jornal Do Dia


COM A GREVE DOS BANCÁRIOS, O MOVIMENTO NAS CASAS LOTÉRICAS, QUE HOJE PRATICAMENTE FUNCIONAM COMO BANCOS, AUMENTOU MUITO

Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br

A greve dos bancários chega ao sexto dia e começa a causar transtornos e expectativas aos clientes. Com a proximidade do fim do mês, período em que as agências recebem um maior número de pessoas, os caixas de autoatendimento estão superlotados e em decorrência da ausência de funcionários auxiliares, filas estão se formando e revoltando aqueles que pretendem realizar algum procedimento. Por tempo indeterminado, os servidores permanecem de braços cruzados e pleiteando um reajuste salarial de 5%, participação nos lucros e arrecadações, novos concursos públicos para que seja possível a ampliação do quadro de funcionários e melhores condições de trabalho. Ao todo, 95% dos servidores sergipanos aderiram à greve nacional.
Devido ao aumento de acessos nos cashs eletrônicos, pequenos problemas técnicos também já começam a ser registrados. Na tarde de ontem, em uma agência instalada na avenida Francisco Porto, em Aracaju, dos dez caixas existentes, três estavam indisponíveis. De acordo com o funcionário público aposentado Leonel Aquino, esse problema é registrado todas as vezes que a categoria deflagra uma paralisação sem data prevista para retorno. "Quando é uma greve de 24h, por exemplo, ninguém sente esse problema nas máquinas, mas assim por tempo indeterminado a realidade é outra. Se essa greve se estende para os funcionários que atuam na manutenção, muitos sergipanos vão sofrer pra receber o salário", declarou.

Conforme dados do Comando de Greve da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), todas as unidades federativas, mais o Distrito Federal, estão com a categoria em greve. Até a última sexta-feira, 20, cerca de seis mil funcionários teriam aderido ao movimento nacional. Hoje, esse número passa dos sete mil. Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb), José Souza, essa é uma demonstração de categoria unida e que pretende pleitear melhorias em benefício dos trabalhadores e dos próprios clientes. "Antes de sermos servidores, estes trabalhadores também são clientes e eles sabem o quanto é demorado o atual sistema de atendimento. Os bancários muitas vezes passam do horário e não são reconhecidos", disse.

Correios – Realizando assembleias diárias na capital e no interior do Estado de Sergipe, os servidores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos também permanecem com as atividades interrompidas por tempo indeterminado. Com exceção do estado do Rio de Janeiro, a categoria permanece apoiando a mobilização nacional desde a última quinta-feira, 19. O sindicato da categoria em Sergipe reivindica reposição salarial de 15%, vale alimentação no valor de R$ 32, melhores condições de trabalho e a contratação de 30 mil funcionários em todo o país. Em contrapartida, a direção geral dos Correios alegou falta de condições em atender a reivindicação da categoria e ofereceu um reajuste linear de 8%; e 6,27% no tíquete alimentação e auxílio creche.

No início da noite de ontem os funcionários estiveram reunidos na sede do sindicato para estudar o andamento da paralisação e os próximos passos a serem adotados pela categoria.

Em entrevista concedida ao Jornal do Dia, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Correios e Telégrafos em Sergipe (Sintect), Sérgio Lima, informou que a categoria permanece aguardando uma resposta da direção nacional. "Todos os dias estamos nos reunido na esperança de apresentar uma proposta, como também, para debater o andamento da nossa mobilização. Entendemos que estamos passando por um momento único e que a nossa união é o aspecto essencial para conquistarmos nossos objetivos", afirmou.

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