NA CEASA, MUITOS COMERCIANTES JÁ ESTÃO CONSTRUINDO BOXES DE ALVENARIA
Material de construção ao lado de produtos vendidos na Ceasa
Publicado em 01 de agosto de 2013
Por Jornal Do Dia
NA CEASA, MUITOS COMERCIANTES JÁ ESTÃO CONSTRUINDO BOXES DE ALVENARIA
Material de construção ao lado de produtos vendidos na Ceasa
Comerciantes e clientes da Central de Abastecimento de Alimentos em Sergipe (Ceasa) foram surpreendidos de forma positiva essa semana por mais uma vistoria técnica promovida pela Vigilância Sanitária Estadual. O objetivo da ação é identificar e combater qualquer tipo de irregularidade que possa prejudicar a qualidade nutricional dos alimentos comercializados no espaço administrado pelos próprios feirantes. Na tentativa de ampliar a fiscalização, agentes da Vigilância Sanitária Municipal também participaram do serviço que incluiu entrevistas a vendedores e funcionários da Ceasa. A perspectiva por parte dos órgãos responsáveis por essa investigação é que um dossiê seja concluído e possivelmente apresentado ao Ministério Público Estadual (MPE).
Após a Prefeitura de Aracaju ser ‘orientada’ a realizar reformas em caráter de emergência no Mercado Albano Franco, centro da cidade, comerciantes da Ceasa temem que promotores do MPE exijam a interdição do local. Apesar de pontos críticos apontados pelos próprios vendedores, há quem não acredite em alguma decisão severa e representativa. Esse é o caso de Luís Manoel dos Santos, vendedor de amendoim há mais de dez anos. "Temos problemas nos banheiros e na falta de acessibilidade, mas o que mais chamava a atenção e revoltava a gente era o recolhimento do lixo. Felizmente esse caso já foi resolvido pelo governo. Se for pra melhorar isso aqui, que novas vistorias sejam realizadas", declarou.
Compartilhando com o posicionamento de Manoel, a vendedora de plantas e artigos para jardinagem, Luciana dos Santos, disse que muitos comerciantes realizam faxinas semanalmente. Para ela, essa atitude contribui diretamente para que a proliferação de ratos e escorpiões seja possível. "Entendemos que como é um local que reúne um grandioso número de alimentos, a probabilidade desses animais aparecerem é muito grande. A administração parece estar mais preocupada com a higienização da Ceasa e futuramente podemos, quem sabe, alcançar avaliações positivas em todos os setores". Ainda de acordo com a vendedora, para que esse progresso seja realmente obtido, os vendedores devem continuar prezando pela limpeza dos boxes.
"Aqui cada um depende do outro. Não adianta meu vizinho se preocupar tanto com a limpeza do seu espaço e eu não estar nem aí. A presença dos agentes de fiscalização só contribui para que nosso acordo seja reforçado. Estamos fazendo a nossa parte, espero que a melhoria do Ceasa em um todo seja promovida pela administração pública", pontuou Luciana. Construída há 41 anos com verbas do Governo Federal, a Ceasa possui aproximadamente 100 barracas e estava sendo fiscalizada há 12 dias, mas com o objetivo de não prejudicar o andamento da vistoria, poucos comerciantes tinham conhecimento da ação. (Milton Alves Júnior)