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Comunicação pública


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Publicado em 15 de janeiro de 2017
Por Jornal Do Dia


Tribuna 1401

 

Comunicação pública

 

Antes de Luciano Bispo (PMDB) ser eleito presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, o cargo pertencia à deputada Angélica Guimarães (PSC), hoje conselheira do Tribunal de Contas do Estado e fiel escudeira dos irmãos Amorim. Foi ela quem patrocinou o maior escândalo de corrupção no legislativo sergipano – o caso das subvenções –, levando a maioria dos seus pares a processos que podem culminar com a perda de mandatos – os casos mais avançados são os dos deputados Augusto Bezerra (DEM) e Paulinho da Varzinhas (PTdoB), que estão com mandatos suspensos.

Na época de Angélica, a Assembleia não anunciava nos órgãos de comunicação. A não ser na chamada “Rede Ilha de Rádio”, da família Amorim, a quem pagava cerca de R$ 120 mil mensais, a título de “Informe Legislativo” que ninguém nunca ouviu. Nenhum outro veículo recebia qualquer publicidade, a não ser a chamada publicidade legal (editais).

Como presidente da Assembleia, Angélica também chancelou as maiores atrocidades contra o Estado de Sergipe, sempre atendendo ao senador Eduardo Amorim e ao seu irmão, Edvan, que agora voltam ao noticiário por conta da tentativa de substituir o superintendente local do Banco do Nordeste, apenas para favorecer negócios da família. Angélica engavetou projetos fundamentais para o desenvolvimento do Estado na época do governo Marcelo Déda, sempre com a orientação dos irmãos e sua dócil bancada. O objetivo era criar o maior número de obstáculos possível para garantir a vitória do senador Amorim para o governo do Estado nas eleições de 2014 (Como se sabe, Eduardo Amorim perdeu a eleição para Jackson Barreto com mais de 120 mil votos de frente e Edvan teve menos de 4 mil votos como candidato a deputado estadual, mesmo investindo maciçamente e utilizando muitas vezes todo o tempo de TV dos demais candidatos de sua coligação).

Na semana passada, a chamada “rede” Ilha iniciou em seus programas sensacionalistas um movimento contra a gestão do deputado Luciano Bispo, por conta das campanhas institucionais veiculadas ao longo de 2016 pela Assembleia Legislativa, que teriam consumido, segundo a emissora, R$ 1,5 milhão, distribuídos entre quase todos os veículos de comunicação do Estado.

Para a Ilha, anúncios do Poder Legislativo são desnecessários, como se a Assembleia não tivesse a obrigação constitucional de prestar contas aos cidadãos sergipanos.

Na verdade, a questão não é essa, mas a divisão da verba publicitária. Os recursos gastos na gestão de Luciano Bispo como presidente da Assembleia Legislativa em campanhas institucionais com os veículos de comunicação em 2016 são inferiores ao que a Alese entregava anualmente a “rede” Ilha na época de Angélica Guimarães, sem licitação e qualquer prestação de serviço que fosse devidamente comprovada.

Para os irmãos Amorim, donos da chamada “rede” Ilha, órgãos públicos só precisam anunciar se for nas suas emissoras. Dividir a verba publicitária de acordo com a importância de cada veículo, como faz a gestão de Luciano Bispo, “é gastar dinheiro à toa”.

Um detalhe: o mercado de comunicação de Sergipe comenta a boca-miúda que os donos da “rede” Ilha estão tentando arrendar as quatro emissoras de rádio por R$ 120 mil mensais, mesmo valor da mesada paga por Angélica Guimarães na época em que era presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe.

Na época de Angélica Guimarães, a Assembleia não anunciava nos órgãos de comunicação. A não ser na chamada “Rede Ilha de Rádio”, da família Amorim, a quem pagava cerca de R$ 120 mil mensais, a título de “Informe Legislativo” que ninguém nunca ouviu

Adversários atônitos

 

Na semana passada, o governador Jackson Barreto fez um novo périplo em Brasília em busca de recursos para o Estado de Sergipe. A preocupação maior é garantir mais assistência para os agricultores dos municípios em emergência, em virtude da pior seca das últimas décadas no Nordeste.

A novidade é que ele levou a tiracolo o novo prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, inclusive para audiência com o presidente Michel Temer. Na campanha eleitoral do ano passado, adversários de Edvaldo alegavam que, se eleito, ele não teria acesso ao governo federal, como se administrar um Estado e, ou, uma capital, com o voto popular fosse pouca coisa.

A ira dos adversários foi espalhada pelas redes sociais, mas o líder do governo na câmara, deputado André Moura (PSC), fez questão de criticar a visita do prefeito a Temer. Disse que na campanha o discurso era “Fora Temer” e depois de eleito busca ajuda para enfrentar o caos deixado por João Alves Filho.

A maior revolta dos aliados é pelo fato de Temer receber quase todos os meses o governador Jackson Barreto sem a necessidade do apelo de deputados ou senadores. A bancada federal que faz oposição ao Estado de Sergipe – e não ao governador – achava que JB e agora Edvaldo precisariam da interferência dela para qualquer ação em Brasília.

Jackson Barreto foi do MDB – agora PMDB – desde a época da ditadura militar e um deputado federal combativo e bem relacionado com toda a cúpula partidária, comandada por Temer.

Venda da Deso

 

O BNDES divulgou na semana passada edital para a contratação de serviços técnicos para a possível privatização de seis companhias estaduais de água e saneamento, incluindo a Deso, que atende a maioria dos municípios sergipanos.

O comunicado do BNDES é o seguinte:

“Conforme disposto no item 3.3 do Edital de Pré-Qualificação nº 01/2016-BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES informa que iniciará seis processos licitatórios distintos para contratação de serviços técnicos especializados, conforme especificações abaixo.

Em observância ao item 3.3.1 do Edital de Pré-Qualificação nº 01/2016-BNDES, somente poderão participar das licitações os fornecedores que derem entrada no seu pedido de pré-qualificação até 23 de janeiro de 2017 e venham a ser considerados pré-qualificados por atenderem às exigências do Edital de Pré-Qualificação nº 01/2016-BNDES.

OBJETO: contratação de serviços técnicos especializados para a estruturação de projetos de participação privada, envolvendo a prestação de serviços de fornecimento de água e esgotamento sanitário, conforme especificações dos editais de licitação e termos de referência a serem divulgados, em seis Estados e respectivas companhias estaduais de saneamento: Pernambuco, Companhia Pernambucana de Saneamento – COMPESA; Pará, Companhia de Saneamento do Pará – COSANPA; Maranhão, Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão – CAEMA; Amapá, Companhia de Saneamento do Amapá – CAESA; Sergipe, Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO; e Alagoas, Companhia de Abastecimento de Águas e Saneamento do Estado de Alagoas – CASAL.”

O governo de Sergipe é acionista majoritário da Deso, hoje uma empresa deficitária e sem recursos para investimentos na ampliação dos serviços de água e esgoto. Caso apareçam interessados, o processo só deve ser concluído em 2018, quando Jackson Barreto já estiver deixando o governo.

Em 1998, o então governador Albano Franco privatizou a então Energipe, que virou Energisa, e presta serviços equivalentes à antiga estatal, sem maiores investimentos.

Sem definição

 

Em entrevista na última sexta-feira, o deputado André Moura avisou: a oposição ainda não definiu candidato a governador nas eleições de 2018.

Nos últimos dias, o senador Eduardo Amorim, que está trocando o PSC pelo PSDB de Aécio Neves, avisou que pretende disputar a sucessão de Jackson Barreto, da mesma forma que fez e perdeu em 2014. Além de Amorim, são citados como candidatos o senador Valadares (PSB) e o próprio André, fortalecido pela condição de líder do governo Temer na Câmara Federal.

Saindo do PSC, Eduardo Amorim fica mais exposto e terá que tratar de reestruturar o partido, um dos mais frágeis do Estado.

Mesmo com a sua liderança ameaçada na Câmara, Moura parece ter mais capacidade de diálogo e vontade de trabalhar do que o senador Amorim.

João Brasileiro

O professor, escritor e poeta João Brasileiro lança na próxima quarta-feira, 18, no Museu da Gente Sergipana, “Poesia da Vida”, seu primeiro livro de poesias. Editado pela imprensa oficial de Sergipe o livro, segundo o autor, retrata temas cotidianos e marca a celebração da vida.

Além de poeta e entusiasta das lutas por uma sociedade mais igualitária, João Brasileiro é professor de redação e literatura da rede estadual de ensino. Também está na direção da Escola Estadual Rural Educador Paulo Freire, no Quissamã.

Cordialidade

Na última sexta-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ligou para o seu colega de Sergipe, Jackson Barreto, para informar sobre a cessão de armas e munições da polícia do seu estado para a PM de Sergipe. Gesto bem diferente do adotado pela oposição sergipana, adepta do “quanto pior, melhor”.

12 anos

 O JORNAL DO DIA completou 12 anos na última quarta-feira, 11. Nesse período, se envolveu em projetos que mudaram a estrutura política do Estado e hoje é o único jornal de Sergipe que circula aos domingos.

Painel

Painel de azulejo de Edidelson, que ilustra o Calçadão da Nossa Gente, em Santa Rosa de Lima

 

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