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Contas turvas
Publicado em 07 de janeiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se
A herança maldita deixada por alguns gestores públicos revela os limites muito estreitos dos órgãos de controle
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Os cofres da Prefeitura de Lagarto estão vazios. A situação é tão grave, a ponto de o prefeito Sérgio Reis, recém-empossado, decretar situação de emergência por 180 dias, o tempo estimado por ele para colocar a casa em ordem.
Infelizmente, a situação encontrada em Lagarto se repete em diversos municípios sergipanos, com maior ou menor gravidade. Prefeitos em fim de mandato, muitas vezes também em fim de carreira política, agem como se a responsabilidade fiscal fosse uma imposição exclusiva dos reeleitos.
Em Aracaju, a coleta de lixo foi interrompida por alguns dias, mas o serviço foi retomado rapidamente. Ainda assim, os protestos da prefeita Emília Corrêa, segundo quem a prefeitura tem uma dívida milionária com fornecedores e empresas prestadoras de serviço, uma vez confrontados com os argumentos do ex-prefeito Edvaldo Nogueira, reclamam mais transparência em relação à situação financeira do erário municipal.
A herança maldita deixada por alguns gestores públicos, revelada somente após uma eventual derrota eleitoral, revela os limites muito estreitos dos órgãos de controle que atuam em Sergipe. Pelo diz que me disse de ex-prefeitos e seus sucessores, a transparência é um princípio republicano em desuso.