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Controle da Câmara


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Publicado em 10 de novembro de 2016
Por Jornal Do Dia


Controle da Câmara

 

O prefeito eleito Edvaldo Nogueira (PCdoB) chegou de viagem na segunda-feira e já começou a conversar com vereadores eleitos e que assumem seus mandatos no próximo ano, para evitar surpresas durante o mandato que começa em 2 de janeiro. Com a crise econômica e a bagaceira que o atual prefeito João Alves Filho (DEM) está fazendo na PMA, Edvaldo vai precisar muito de tranquilidade na Câmara Municipal para aprovar os ajustes necessários e evitar boicote a seus projetos.

João Alves passou os quatro anos de mandato sem qualquer problema com os vereadores. Primeiro, indicou Vinícius Porto (DEM) para a presidência, que agiu os quatro anos com mão firme para evitar qualquer atropelo para o prefeito. Conseguiu aprovar todos os projetos encaminhados pela administração municipal, inclusive os que promoveram reajuste de ônibus bem acima das taxas inflacionárias, aumento de 300% nas taxas do IPTU, além da criação da taxa de iluminação pública e uma série de projetos que prejudicaram a população mais pobre. Quando percebia que um projeto de interesse da PMA poderia ser derrubado, Porto simplesmente adiava a sessão até que desse tempo para que o prefeito pudesse agir e conter a “rebeldia” de um ou outro vereador.

Os partidos aliados a Edvaldo Nogueira elegeram apenas oito dos 24 vereadores: Iran Barbosa (PT), Isac (PCdoB), Bigode do Santana Maria (PMDB), Pastor Alves (PRB), Evando Franca (PSD), Nitinho (PSD), Dr. Gonzaga (PMDB) e Professor Bitencourt (PCdoB). Mas além de aumentar o número de parlamentares em sua bancada, o prefeito tem que se preocupar também com a eleição do novo presidente, que em função de um regimento autoritário controla tudo da Câmara, das despesas às pautas de votação. E ainda tem direito ao voto de minerva em caso de empate.

Hoje o vereador Vinícius Porto trabalha abertamente pela conquista do cargo. Como está na função atualmente, Porto já vem oferecendo uma série de vantagens para os vereadores. Com certeza, Edvaldo não tem interesse político que ele continue na presidência da Câmara na próxima legislatura pelo seu vínculo com seus ex-adversários no último pleito: o prefeito João Alves (DEM) e o deputado federal Valadares Filho (PSB).

Pela base aliada do prefeito eleito trabalha seu nome o experiente Evandro Franca (PSD), que já exerceu sete mandatos e ficou de fora na legislatura passada.

Edvaldo diz que não pretende se envolver na disputa pela presidência da Câmara, mas essa afirmação é meramente burocrática, para evitar acusações de interferência do executivo no legislativo. Só pra lembrar, em 2013, após o rompimento com o então governador Marcelo Déda, os irmãos Amorim passaram a interferir diretamente na tramitação de projetos de interesse do Estado na Assembleia Legislativa, já que a então presidente, Angélica Guimarães, era do grupo e não levava em consideração os interesses do estado ao definir a pauta de votações.

Para a formação da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal as negociações estão em andamento…

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Entrosamento

O prefeito eleito Edvaldo Nogueira (PCdoB) e a vice Eliane Aquino (PT) tomaram café da manhã ontem com os oito vereadores eleitos da coligação, em um hotel na Atalaia. No cardápio, a questão da governabilidade.

 

A meta

Edvaldo trabalha para ter uma bancada de 15 vereadores para ter tranquilidade para governar Aracaju, que encontra-se um caos pela péssima administração do prefeito João Alves (DEM). A sua coligação elegeu os vereadores: Iran Barbosa (PT), Antônio Bittencourt (PCdoB), Isac (PCdoB), Evando Franca (PSD), Nitinho (PSD), Bigode (PMDB), Dr. Gonzaga (PMDB) e Pastor Alves (PRB).

 

Probabilidade de apoio

Informações chegadas à coluna dão conta que Edvaldo já tem como certo o apoio de mais seis vereadores eleitos pela oposição, totalizando 14, o que representa a maioria. Os que devem fazer parte da sua bancada: os dois vereadores eleitos da Rede (Kity Lima e Américo de Deus), Anderson de Tuca (PRTB), Jason Neto (PDT), Manoel Marcos (PSDB) e Seu Marcos (PHS), que corre o risco de perder o mandato pela acusação de compra de votos durante o período eleitoral.

 

Certeza de apoio

Jason Neto deverá mesmo ser um dos que apoiará a administração, já que apesar do PDT ter integrado a coligação de Valadares Filho (PSB), o presidente do partido e irmão de Jason, prefeito de Socorro Fábio Henrique, já avisou que pretende manter a aliança com o governador Jackson Barreto. O PDT, inclusive, mantém no governo a Secretaria de Turismo.

 

Sem problema

No caso da perda do mandato do vereador eleito Seu Marcos, assume sua cadeira na Câmara Municipal na próxima legislatura a primeira suplente da coligação Selma França (PV), que não terá problema algum em apoiar a gestão do prefeito eleito. Seu Marcos foi o candidato do vereador Dr. Agnaldo (PR), que não disputou a reeleição.

 

Nos bastidores

O vereador reeleito Juvêncio Oliveira (DEM) confidenciou a amigos que não pretende ser oposição a Edvaldo Nogueira. Chegou a declarar que não gostaria de passar pelo que o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) passou. Ele pode ser o 15º vereador a apoiar a nova gestão de EN.

 

Trabalhando para EN

O governador Jackson Barreto (PMDB), que apoiou Edvaldo Nogueira para prefeito, tem ligado para vereadores eleitos pela oposição pedindo apoio para o prefeito eleito. No dia da eleição, quando se confirmou a vitória de EN, um dos que JB ligou pedindo apoio foi Anderson de Tuca.

 

Não quer papo

Jackson só não quer tomar nem um caldo de cana com três dos 24 vereadores eleitos. São eles: Vinícius Porto (DEM), que é o presidente da Câmara; Emília Correia (PEN), que é do partido do seu mais novo desafeto político, o deputado Robson Viana; e Tiaguinho Batalha (PMB), filho do secretário municipal de Comunicação, Carlos Batalha.

 

Na equipe

Nas rodas políticas já é dado como certo que dois nomes farão parte da nova gestão de Edvaldo Nogueira: o vereador eleito Antônio Bittencourt (PCdoB) e o secretário de Finanças do Estado, Jeferson Passos. Bittencourt iria para a Secretaria de Governo e Passos para a Secretaria de Finanças.

 

Caras novas

Edvaldo Nogueira, que já foi prefeito de Aracaju por seis anos, tem dito que vai renovar e muito os quadros da sua nova gestão. Já na próxima semana anunciará a sua equipe de transição, cujos nomes devem fazer parte da sua equipe de governo.

 

Posse 1

A suplente de vereadora Flávia Brasileiro (PRTB) foi a nona a assumir o mandato de vereador de Aracaju na vaga dos 10 que, por decisão judicial, foram afastados da Câmara Municipal acusados de fraude nas verbas indenizatória correspondente a R$ 15 mil mensais que cada um tem direito a receber para custear serviços de assessoria e locação de veículos. Ela foi empossada ontem na vaga de Augusto do Japãozinho (PRTB), após conseguir liminar judicial.

 

Posse 2

A décima vaga, a do vereador afastado Renilson Félix (DEM), pode vir a ser preenchida pelo 4º suplente da coligação, o ex-vereador Jidenal Santos (PSDB). É que os três primeiros suplentes – Emília Correia (PEN), Evando Franca (PSD) e Juvêncio Oliveira (DEM) – foram eleitos vereadores e não têm interesse em assumir mandato entrando na Justiça. Preferem aguardar o início do mandato em 2017.

 

Dor de cabeça

O presidente da Câmara, Vinícius Porto (DEM), tem demonstrado preocupação com as despesas correspondente aos salários a serem pagos desses nove novos vereadores empossados, uma vez que a Casa passa a ter hoje 33 vereadores com os 10 afastados e que continuam recebendo seus salários mensalmente. Ontem mesmo ele disse que o Poder Legislativo Municipal não está preparado para essas despesas extras neste final de legislatura, o correspondente a R$ 300 mil.

 

 

 

 

Veja essa…

 

Anteontem, durante a posse do suplente Palhaço Soneca (PPS) como vereador de Aracaju na vaga de um dos 10 afastados na Operação Indenizar-se, teve uma forte discussão entre o vereador Dr. Gonzaga (PMDB) e o vereador eleito Fábio Meireles (PPS). Tudo porque Dr. Gonzaga criticou Soneca pelo gesto que fez no Dia de Finados de se fazer de morto dentro de um caixão e depois sair dele, causando susto nas pessoas. Disse que a sua atitude não era de homem, mas de moleque, que não era papel de um vereador e envergonhava o parlamento.

 

…e essa…

 

Fabio Meireles, que ouviu as críticas de Gonzaga, foi em defesa do correligionário Palhaço Soneca. Dr. Gonzaga quis saber quem era ele e o que fazia dentro da Câmara. Foi o suficiente para Meireles dizer que era igual a ele, que era vereador eleito e que a Casa era do povo. Com a intensificação do bate-boca, a turma do deixa disso chegou e acalmou os ânimos. Na próxima legislatura os dois vão se estranhar.

 

 

 

CURTAS

 

O secretário Jeferson Passos (Fazenda) estará hoje de manhã na Assembleia Legislativa prestando contas das finanças do estado no último quadrimestre. Falará na Sala das Comissões.

 

O vereador reeleito Anderson de Tuca vem trabalhando para conseguir apoio para ser o presidente da Câmara Municipal. Teria confidenciado que já tem o apoio de seis novos vereadores, que somando com ele totalizam sete votos.

 

Preocupado com o elevado índice de violência no Brasil, principalmente em Sergipe, o deputado federal Adelson Barreto (PR) usou ontem a tribuna da Câmara Federal para cobrar providências contra o aumento nas taxas de criminalidade.

 

Em plenário, o deputado apresentou dados divulgados no 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública que mostra que o Brasil atingiu a marca recorde de homicídios, que Sergipe assumiu o ranking de mais violento do país e Aracaju a quinta posição entre as capitais mais violentas.

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Evando Franca (PSD), que retorna à Câmara Municipal em 2017 para o sétimo mandato, intensifica campanha pela presidência da Câmara de Vereadores. Está motivado pelo fato de ter sido o vereador com um maior número de mandatos, pela sua experiência legislativa e boa relação com os vereadores. Ele já conseguiu votos até de parlamentares eleitos pelo agrupamento da oposição e não deve ser difícil contar com o apoio do prefeito eleito pela boa relação política, por ser do PSD do deputado federal Fábio Mitidieri, e ser um político considerado de palavra e leal.

 

 

 

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