Covid-19: 82 óbitos no Estado tinham entre as comorbidades diabetes
Publicado em 27 de junho de 2020
Por Jornal Do Dia
Ontem, 26 de junho, foi comemorado o Dia Nacional do Diabetes, data que serve para conscientizar as pessoas sobre os riscos da doença, principalmente nessa época de pandemia da Covid-19, quando o paciente deve ter atenção redobrada, já que faz parte do grupo de risco e que pode ter o seu quadro agravado se infectado. Para se ter uma ideia, dos 554 óbitos pelo coronavírus registrados em Sergipe até o dia 25 de junho, 82 vítimas tinham entre as comorbidades a diabetes.
Como o controle glicêmico é um fator importante, monitorá-la frequentemente e ajustar medicações sempre com orientação médica são procedimentos que podem prevenir complicações tanto do coronavírus como da diabetes. No Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), o clínico geral André Brandão, alerta sobre os cuidados essenciais para quem é diabético e ressalta que a prevenção ainda é o melhor remédio.
"O paciente diabético está inserido no grupo de risco caso seja infectado pelo novo vírus e isso representa um risco alto se os cuidados não forem seguidos de forma correta ao longo da vida. O uso correto das medicações, atividade física adequada para o perfil de cada paciente, dieta equilibrada com pouco carboidrato, controle da obesidade e mudança do estilo de vida são essenciais para uma vida saudável e o controle da diabetes. Mas vale frisar que uma das coisas fundamentais primeiramente é a prevenção da doença", enfatizou o médico.
No Pronto Socorro do Huse é comum o registro de pacientes internados com complicações por não seguirem de forma correta as orientações médicas e chegam à urgência com quadros de descompensação como a glicemia alterada e associado a isso alterações renais e circulatórias graves, entre outros casos. As complicações pela diabetes são oculares, renais, cardíacas e vasculares. "Muitas vezes os pacientes chegam ao hospital descompensados, com evolução clínica e emagrecidos, com membros inferiores e superiores comprometidos e muitas vezes evoluem para a questão da amputação", relatou André Brandão.