Crédito do Trabalhador registra 40,18 milhões de pedidos de simulação
Publicado em 25 de março de 2025
Por Jornal Do Dia Se
Lançada na última sexta-feira (21), a linha de crédito consignado voltada para trabalhadores celetistas já é um grande êxito. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, até as 18h deste domingo (23), foram registrados 40,18 milhões de pedidos de simulação na Carteira de Trabalho Digital. Desses, 4,5 milhões resultaram em propostas concretas de empréstimo, com 11.032 contratos efetivamente fechados.
Os números refletem a necessidade de crédito acessível para os trabalhadores brasileiros. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, celebrou o sucesso da iniciativa. Porém, destacou a importância de analisar com cautela as propostas antes de fechar um contrato. “Não precisa fechar na primeira, nem na segunda, nem na décima. Pegue todas, analise, discuta com a família e veja qual realmente vale a pena”, aconselhou.
O Crédito do Trabalhador é um avanço na democratização do acesso ao empréstimo consignado. Criado a partir de uma iniciativa do presidente Lula ainda em 2003, durante seu primeiro mandato, o modelo original exigia convênios entre empregadores e instituições financeiras, o que limitava seu alcance.
Agora, com a nova modalidade, todos os trabalhadores com carteira assinada podem solicitar propostas, incluindo trabalhadores domésticos, assalariados rurais, frentistas, comerciários e funcionários da indústria e dos serviços. “Antes, cerca de 3,8 milhões de trabalhadores podiam contar com essa opção […] Mas o presidente Lula pediu: ‘é preciso democratizar o acesso ao crédito, é preciso chegar a todos os trabalhadores e trabalhadoras'”, afirmou.
Em suas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad publicou um vídeo detalhando as vantagens da nova modalidade, ressaltando os juros reduzidos e a facilidade de aquisição.
Questionado sobre a existência de um teto para os juros, Luiz Marinho explicou que, neste primeiro momento, não há um limite fixado. No entanto, o governo está monitorando as taxas aplicadas pelos bancos e pode intervir caso haja exageros. Ele lembrou que o compromisso dos bancos é analisar o perfil de cada trabalhador e oferecer as melhores condições possíveis. “Mas, se observarmos que tem abuso, é possível no futuro a gente pensar em teto”, declarou.
Outro ponto importante é que trabalhadores com restrição no nome também podem acessar o crédito. Como o desconto ocorre diretamente na folha de pagamento, o histórico de inadimplência do tomador não interfere na liberação do empréstimo. Para muitos, essa pode ser uma oportunidade para renegociar dívidas e limpar o nome.