Luiz Adelmo esteve à frente da GAAS por anos a fio
Daqui pra frente
Publicado em 10 de março de 2023
Por Jornal Do Dia Se
Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
Evento raro, botar os pés na Galeria de Artes Álvaro Santos. E, no entanto, como doía ver o prédio fechado, insinuando descaso com a sensibilidade nativa, impunemente. Desde a morte do diretor Luiz Adelmo, as portas daquele espaço estiveram cerradas, trancadas a sete chaves, como se uma galeria de artes não fizesse muita falta. Ledo engano.
Hoje, em boa hora, a administração municipal escancara de novo as portas da GAAS (ver nesta página), sob excelente pretexto. Dez fotógrafos se debruçam sobre Aracaju, às vésperas de seu aniversário. E celebram, assim, por meio do olhar mais atencioso, gente e geografia, os aspectos mais salientes do lugar.
Lembro de conversar com Adelmo na condição de repórter deste Jornal do Dia, pouco depois dele assumir a direção da GAAS. A sua intenção era justamente a de transformar o espaço em acervo e plataforma das artes visuais realizadas em Sergipe.
Há controvérsia a respeito dos feitos de Adelmo como gestor da Galeria. Ali, entretanto, ele expôs uma fórmula efetivamente proveitosa, capaz de dar consequência prática à função social dos aparelhos culturais mantidos pelo poder público. Se não servir de fonte de pesquisa e reconhecimento do melhor realizado por estas praias, ontem e hoje, a GAAS será somente mais uma galeria.