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DE LONGE TAMBÉM SE VÊ AS COISAS EM SERGIPE


Publicado em 01 de fevereiro de 2024
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

Vi fotos e legendas de velhas lutadoras de fé e determinação em uma plenária de mulheres petistas marcando posições e presenças em ato político da tendência Resistência Socialista.
Meus aplausos são direcionados à toda resistência em si, e para si, de todas as mulheres brasileiras por marcharem firmes e fortes abraçando a essência da palavra resistência; pois resistir é preciso; entregar-se, não é preciso.
Às vésperas de saborear uma taça de líquido qualquer na comemoração dos 44 anos da fundação deste que é o amálgama das melhores experiências de luta de classes do Brasil, saúdo o que lhe deu essência e consistência; a tendência política!
Para ser mais exato e preciso; olho pela janela da história e vejo 2 cadernos de teses que chacoalharam o ainda criança partido dos trabalhadores aos 8 anos, para darem consistência, conteúdo, maturidade e musculatura ao partido na hora em que era preciso seu despertar como ferramenta de afirmação da classe trabalhadora na resistência socialista.
Em um caderno estavam escritas com clareza o que uma parte significativa do partido projetava como sua concepção política, pelas sabedorias de Wladimir Pomar e José Dirceu: Uma Alternativa Democrática e Popular.
No outro caderno que eu e muitos dos mais significativos militantes do movimento operário sindical de Sergipe, o real chão da fábrica, assinamos e defendemos nos grandes fóruns locais e nacionais estava a também sabedoria do grande quadro e intelectual gaúcho Adelmo Genro, cujo título era muito atual e marcante para o momento da luta de classes no Brasil: Uma Alternativa Operária e Popular.
O embate já havia explodido também no âmbito da Central Única dos Trabalhadores com o documento que nosso grupo era signatário, com uma contundente crítica à alta direção da central por sua atuação no processo constituinte, denominado de; “Uma política suicida”.
As lembranças no resgate não são e nunca serão para suscitar debate para saber quem estava certo ou quem estava errado, pelo menos por parte do escriba.
E não é por recuo, medo ou covardia; é pelo andar da carruagem da história e as mudanças significativas no paradigma da luta de classes que se deslocou do chão da fábrica para o chão da terra e agora está no chão do solo urbano.
Sim, senhoras e senhores, a luta de classes existe e existirá até que se conquiste o Socialismo de verdade.
E, se é salutar ler e ver fotografias de um encontro que consagra mulheres socialistas proclamando resistência será mais salutar ainda saber qual a interpretação da conjuntura e de quais parâmetros ela foi elaborada para construir uma eficaz estratégia para impulsionar a frente de lutas e quais as táticas propõe para o enfrentamento em bloco ao inimigo de classe, sob o manto do Fascismo.
O momento é propício em face da ação do governo Lula de anunciar um plano de investimentos na indústria que será o futuro do Brasil e base do paradigma da luta de classes, que os agiotas da Faria Lima, comandados pelos economistas do Banco Itaú, que mostraram a cara e taxaram o programa a ser executado pelo BNDES, de capitalismo de Estado.
Eles sabem que o momento é de reequilíbrio da luta de classes, que eles tão bem sabem o que é e o que representa e dão o alerta. Do lado de cá, na formulação da nova tendência partidária, alguém sabe, todos sabem ou, ainda não foi discutido?
Se é a construção de um grupo político partidário com objetivo de disputar e se consolidar como alternativa de poder na capital e em todo estado de Sergipe; cabe a pergunta, qual a tática eleitoral?
A pergunta procede por que existem dois eixos de discussão; se é para disputar para valer o comando do espaço de governo municipal, precisa de uma chapa de vereadores e vereadoras que seja capaz de catapultar a candidatura majoritária direto no 2º turno e suplante o número de 60 mil votos válidos com as legendas.
Se for para marcar posição, sem perspectiva de vitória, a grande saída política será conquistar uma bancada coesa capaz de colocar novos nomes no cenário, para a construção da República nas eleições de 2030.

* Rômulo Rodrigues, sindicalista aposentado, é militante político

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