Quinta, 10 De Outubro De 2024
       
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Décimo vai injetar R$ 1,5 bi na economia sergipana


Publicado em 13 de novembro de 2021
Por Jornal Do Dia


Já a receita nominal do comércio varejista restrito assinalou acréscimo de 0,2% na mesma comparação.  

Milton Alves Júnior

Com a injeção de 1,5 bilhão de reais referente ao décimo terceiro salário do trabalhador sergipano, a expectativa do setor comercial é que o movimento econômico neste final de ano seja aquecido, e contabilize fluxo de vendas com resultados superiores se comparado com o mesmo período dos últimos cinco anos. Cálculos apresentados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) junto ao JORNAL DO DIA, indicam que até o dia 20 de dezembro – data limite para que a segunda parcela do benefício trabalhista seja devidamente efetuada -, 674 mil de pessoas devem receber o 13º no estado de SE. O número equivale a 0,8% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação à região Nordeste, corresponde a 3,9%.

A estatística atualizada mostra ainda que desse total, entre os trabalhadores sergipanos que terão acesso ao décimo terceiro salário, a liderança do ranking é preenchida por profissionais que atuam no mercado formal – profissional que está amparado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sendo 366.244 pessoas; logo em seguida com 53,51% de representatividade, 358.096 assalariados do setores público e privado; e, em terceiro, 308.085 aposentados e pensionistas, beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Diante do volume financeiro que será aplicado, o economista e membro do Dieese, Luiz Moura, conversou com o JD e garantiu que essa ação vai ajudar diretamente na dinamização do comércio em todos os 75 municípios sergipanos.

Esse cenário positivo deve ocorrer mesmo com a média referente ao décimo terceiro salário em Sergipe apresentando indicativos menores ao registrado nacionalmente. O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos revela que na menor unidade federativa do país, o valor médio do benefício foi calculado em R$ 1.901; já a média de todos os estados brasileiros alcançou a casa dos R$ 2.500. Mesmo abaixo do indicativo nacional, o especialista chama a atenção para o impacto positivo que esse direito trabalhista deve impor ao Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa por parte dos economistas regionais é que a evolução, se comparado ao ano passado, seja de, ao menos, 2,9%.

“Em tese, esse volume de repasse financeiro é fechado para o último trimestre deste ano, mas existem alguns muitos casos – não a maioria, evidentemente -, em que trabalhadores já receberam de forma antecipada parte deste benefício. Esse é o caso dos servidores do Governo de Sergipe, os quais, sempre no mês em que completa aniversário, foi agraciado com a primeira parcela. Essa foi uma postura administrativa adotada pelo Estado, e que ajuda a movimentar a nossa economia ao longo do ano”, avaliou. Sobre o impacto que a primeira parcela antecipada implica no mercado, Luiz Moura enalteceu: “abaixo daquilo que é esperado para o final do ano, mas evidentemente uma atitude que agrada a maioria formada por beneficiários, como também comerciários.”

Domésticas – Ainda de acordo com o estudo apresentado pelo Dieese, empregados domésticos com carteira assinada foram registrados 8.148 trabalhadores, os quais representam 1,2% do total. Esse quantitativo indica irregularidade perante a legislação brasileira. Com base em relatórios repassados por associações e sindicatos que defendem os interesses dessa ala trabalhista, o estado de Sergipe conta com mais de 50 mil trabalhadores domésticos. Destacado pelo economista, a ausência superior a 40 mil trabalhadores na lista de beneficiários do décimo terceiro salário permite que um conjunto de retrocessos e desrespeito ao direito do trabalhador permaneça acontecendo em todo o estado. Para evitara continuidade destas ocorrências, Luiz Moura chama a atenção para a necessidade de formulação de denúncias.

Segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL), Brenno Barreto, quando há comparação entre os meses de dezembro de 2019 e 2020, a tendência é que as movimentações financeiras estejam mais aquecidas este ano. As boas expectativas comerciais ocorrem, em especial, devido às sucessivas reduções no número de pessoas infectadas pelo coronavírus, bem como pela gradativa evolução no quantitativo de pessoas imunizadas com a vacina contra a Covid-19. Na capital sergipana, os lojistas acreditam que mais de 80% da população consumidora deve se dirigir aos polos comerciais e realizar compras destinadas ao Natal, réveillon e confraternizações entre amigos e familiares; caso os estudos se confirmem, esse fluxo de vendas pode resultar em aumento real superior a 4%.

Temporários – Com destaque proporcional para as cidades pertencentes à região metropolitana – Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros -, a expectativa é que mais de 2.000 pessoas sejam convidadas para trabalhar no período que envolve desde a primeira semana de outubro, até a primeira semana de janeiro do próximo ano. “Estamos prontos para voltar a registrar impulsionamento das vendas desde o mês passado com o Dia das Crianças; neste mês de novembro há a perspectiva de boas vendas no movimento ‘Black Friday’, como também no início das vendas já para o Natal e demais festas de final de ano. A contratação temporária é uma realidade para o comerciário que deseja atender seus clientes com o máximo de atenção e zelo”, concluiu Brenno Barreto.

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