Decisão sobre a retomada em Sergipe será tomada hoje
Publicado em 23 de junho de 2020
Por Jornal Do Dia
O governador Belival do Chagas vai se reunir hoje à tarde, no Palácio de Despachos, com os integrantes do Comitê de Gestão da Retomada da Economia (Cogere), que reúne integrantes de secretarias do Estado e representantes de entidades médicas, sindicais e empresariais. Os membros do comitê devem decidir se confirmam ou adiam a data do início da Bandeira Amarela, que é a 1ª fase do Plano de Reabertura da Economia e prevê a reabertura de algumas atividades da área de comércio e serviços.
Ontem, Belivaldo fez uma nova reunião com o Comitê Gestor de Emergência (CGE), que reúne os secretários e técnicos da área de saúde do Estado. Eles estudaram os números da pandemia de Coronavírus em Sergipe, apresentando dados relacionados ao nível de colaboração dos cidadãos no reforço ao isolamento social e às medidas sanitárias. Tais informações, segundo o governo, influenciam diretamente no número de infectados com Covid-19 e na ocupação de leitos de UTI.
Com base nesses dados, será decidido se o Plano de Retomada da Economia terá início em Sergipe e de que forma será feito. "O Governo ressalta que antes do parecer final dos comitês e de um posicionamento oficial, nenhum novo setor da economia está autorizado a reabrir", informa o governo, ressaltando que as lojas não-liberadas para funcionar desde a ultima alteração do decreto de emergência ainda não estão liberadas para funcionar.
Estava prevista para hoje a reabertura dos escritórios de prestadores de serviços e serviços em geral (publicidade, agências de viagens e etc); clínicas e consultórios de odontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional, bem como serviços especializados de podologia; comércio (alguns setores); operadores turísticos; atividades de treinamento de desporto profissional; salões de beleza, barbearias e de higiene pessoal; templos e atividades religiosas (30%).
No entanto, a avaliação é de que o índice de adesão ao isolamento social no Estado ficou em 37%, resultado considerado baixo e insuficiente para conter os riscos de transmissão do coronavírus. E os índices de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para pacientes que contraíram a Covid-19 e desenvolveram complicações mais graves permanecem altos: 108,1% nos hospitais da rede privada e 60,8% no Sistema Único de Saúde (SUS), que reúne a rede pública. Para a ativação da 1ª Fase do Plano de Retomada, a ocupação das UTIs precisa ficar abaixo de 70%, mas não está claro se esse índice vai considerar a soma das duas redes ou apenas os leitos do SUS.