Segunda, 20 De Maio De 2024
       
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DEMOCRACIA NÃO É CASA DE TOLERÂNCIA


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Publicado em 15 de julho de 2021
Por Jornal Do Dia


 

 * Rômulo Rodrigues
A ousadia desenfreada dos militares de alto escalão, de há muito já passou dos limites da tolerância para qualquer regime submetido ao Estado Democrático de Direito, que esteja dentro do universo da compreensão que a lei deve ser igual para todos e que "os porcos" não sejam mais iguais que o resto dos animais, como está escrito na "Revolução dos Bichos" por George Orwell.
Aproveitando o temperamento pacato do cidadão brasileiro, diagnosticado por Sergio Buarque de Holanda, reforçado por Gilberto Freire e combatido por Jessé de Sousa, oficiais generais em comando nas três armas, que nunca enfrentaram uma guerra, praticam tiro ao alvo contra o povo querendo ser tutores do Estado de Direito de uma Constituição que não fariam mais que suas obrigações se a obedecessem de bicos calados
Como a sociedade civil organizada ainda não reagiu como deveria e o bloco contra a excrecência de um Partido Militar Ilegal nos contentamos com as respostas contundentes, oportunas e precisas de Felipe Neto que mandou o maioral da aeronáutica à "PQP", e à do jornalista do Portal UOL, Camilo Vanuchi, que foi assertivo ao dizer que a mentira está no DNA das forças armadas e de quem diagnosticou que a decretação de 100 anos de sigilo nas trambicagens do general Pazuello, é uma confissão de culpa.
A CPI do senado está trazendo à superfície o que estava escondido nas ações criminosas dos pedidos de propinas feitos por coronéis, durante a governança desastrosa de um general do exército que se calcula, pela sua ação deliberada, ao que tudo indica, foi responsável por algo em torno de 300 mil mortes, que poderiam ter sido evitadas.
Qual foi a reação dos comandantes militares, superiores hierárquicos do general Eduardo Pazuello? Ameaçar o funcionamento da CPI e dizer que todo e qualquer militar, mesmo comprovadamente corrupto, estará acima de qualquer investigação, com base numa concepção ditatorial de que investigar um militar é uma afronta a toda a corporação.
Com toda a certeza, essa lei da mordaça que decretou o silêncio desses funcionários públicos, cujos altos salários e mordomias são pagos com o dinheiro arrecadado em impostos e os impediu de prestarem contas à sociedade do porque um sargento do exército foi preso na Espanha transportando em sua bagagem de mão, 39 Kg de cocaína, levada em um avião militar da comitiva do presidente da República, como às vezes, nada que estava ruim, não pudesse piorar.
É preciso ficar atento ao governo Joe Biden que, com sua aparente calma ao falar, com total apoio e subserviência da mídia patronal, sem o atabalhoamento de Donald Trump, esteja por trás das novas investidas dos sempre obedientes generais brasileiros.
Claro que não é coisa deste ou daquele presidente americano; lá o que funciona são as políticas de Estado e Joe Biden é muito mais perigoso do que seu antecessor nesse quesito e está com medo das influências da China e da Rússia no continente sul-americano.
Só para clarear as mentes obscuras; na escalada de preocupações com a América do Sul, o governo Obama assistiu calado o golpe contra Dilma, o governo Trump incentivou várias tentativas de golpe na Venezuela, apoiou o golpe na Bolívia, foi contemplado pela eleição de um seu tutelado no Brasil, mandando para cá seu especialista Steve Bannon e incentivou a entrada de várias seitas evangélicas em Cuba.
Já o governo Biden, injetou em 2021, 22 milhões de Dólares para financiar manifestações de grupos dissidentes na Ilha.
Está em ação a estratégia da chamada maior democracia do mundo para matar as democracias dos Países sul-americanos e anexar ao seu território, só na parte das riquezas.
A resistência do povo venezuelano e a reação do povo boliviano frearam um pouco a ânsia do invasor e parece que o povo brasileiro, cada vez mais nas ruas, começa um novo despertar mostrando desejo de escorraçar do poder os vendilhões da pátria, vestidos de uniformes militares.
As últimas revelações são esclarecedoras; na pesquisa Datafolha a maioria dos brasileiros, 62%, não querem os militares participando de atos políticos e 58%são contra estarem em cargos no governo e 70% acham que o governo é corrupto.
Vamos dar uma passada no campo da especulação; imaginemos que o governo Bolsonaro tivesse tomado precauções nos Aeroportos, Portos e Rodoviárias para controlar fluxos de pessoas, em início de março de 2020 e aceito as ofertas de vacinas em meados do ano passado, sem pensar em corrupção, a consequência teria sido um País com bem menos infectados e bem menos óbitos, já com a pandemia controlada; de quem seriam os méritos?
Claro que seriam todos dados aos militares, com o militarismo sendo aplaudido e passando na cara dos brasileiros que entregar a nação a eles teria sido a solução, porque são os mais honestos, competentes e patriotas.
Como estamos vendo um País destruído e vítima de um genocídio que ceifou mais de 540 mil vidas humanas e caminha para chegar a 700 mil, podemos dizer, entre lágrimas e soluços, que esse holocausto tem que ser colocado na conta dos militares e de quem deu asas a eles.
* Rômulo Rodrigues é militante político

 * Rômulo Rodrigues

A ousadia desenfreada dos militares de alto escalão, de há muito já passou dos limites da tolerância para qualquer regime submetido ao Estado Democrático de Direito, que esteja dentro do universo da compreensão que a lei deve ser igual para todos e que "os porcos" não sejam mais iguais que o resto dos animais, como está escrito na "Revolução dos Bichos" por George Orwell.
Aproveitando o temperamento pacato do cidadão brasileiro, diagnosticado por Sergio Buarque de Holanda, reforçado por Gilberto Freire e combatido por Jessé de Sousa, oficiais generais em comando nas três armas, que nunca enfrentaram uma guerra, praticam tiro ao alvo contra o povo querendo ser tutores do Estado de Direito de uma Constituição que não fariam mais que suas obrigações se a obedecessem de bicos calados
Como a sociedade civil organizada ainda não reagiu como deveria e o bloco contra a excrecência de um Partido Militar Ilegal nos contentamos com as respostas contundentes, oportunas e precisas de Felipe Neto que mandou o maioral da aeronáutica à "PQP", e à do jornalista do Portal UOL, Camilo Vanuchi, que foi assertivo ao dizer que a mentira está no DNA das forças armadas e de quem diagnosticou que a decretação de 100 anos de sigilo nas trambicagens do general Pazuello, é uma confissão de culpa.
A CPI do senado está trazendo à superfície o que estava escondido nas ações criminosas dos pedidos de propinas feitos por coronéis, durante a governança desastrosa de um general do exército que se calcula, pela sua ação deliberada, ao que tudo indica, foi responsável por algo em torno de 300 mil mortes, que poderiam ter sido evitadas.
Qual foi a reação dos comandantes militares, superiores hierárquicos do general Eduardo Pazuello? Ameaçar o funcionamento da CPI e dizer que todo e qualquer militar, mesmo comprovadamente corrupto, estará acima de qualquer investigação, com base numa concepção ditatorial de que investigar um militar é uma afronta a toda a corporação.
Com toda a certeza, essa lei da mordaça que decretou o silêncio desses funcionários públicos, cujos altos salários e mordomias são pagos com o dinheiro arrecadado em impostos e os impediu de prestarem contas à sociedade do porque um sargento do exército foi preso na Espanha transportando em sua bagagem de mão, 39 Kg de cocaína, levada em um avião militar da comitiva do presidente da República, como às vezes, nada que estava ruim, não pudesse piorar.
É preciso ficar atento ao governo Joe Biden que, com sua aparente calma ao falar, com total apoio e subserviência da mídia patronal, sem o atabalhoamento de Donald Trump, esteja por trás das novas investidas dos sempre obedientes generais brasileiros.
Claro que não é coisa deste ou daquele presidente americano; lá o que funciona são as políticas de Estado e Joe Biden é muito mais perigoso do que seu antecessor nesse quesito e está com medo das influências da China e da Rússia no continente sul-americano.
Só para clarear as mentes obscuras; na escalada de preocupações com a América do Sul, o governo Obama assistiu calado o golpe contra Dilma, o governo Trump incentivou várias tentativas de golpe na Venezuela, apoiou o golpe na Bolívia, foi contemplado pela eleição de um seu tutelado no Brasil, mandando para cá seu especialista Steve Bannon e incentivou a entrada de várias seitas evangélicas em Cuba.
Já o governo Biden, injetou em 2021, 22 milhões de Dólares para financiar manifestações de grupos dissidentes na Ilha.
Está em ação a estratégia da chamada maior democracia do mundo para matar as democracias dos Países sul-americanos e anexar ao seu território, só na parte das riquezas.
A resistência do povo venezuelano e a reação do povo boliviano frearam um pouco a ânsia do invasor e parece que o povo brasileiro, cada vez mais nas ruas, começa um novo despertar mostrando desejo de escorraçar do poder os vendilhões da pátria, vestidos de uniformes militares.
As últimas revelações são esclarecedoras; na pesquisa Datafolha a maioria dos brasileiros, 62%, não querem os militares participando de atos políticos e 58%são contra estarem em cargos no governo e 70% acham que o governo é corrupto.
Vamos dar uma passada no campo da especulação; imaginemos que o governo Bolsonaro tivesse tomado precauções nos Aeroportos, Portos e Rodoviárias para controlar fluxos de pessoas, em início de março de 2020 e aceito as ofertas de vacinas em meados do ano passado, sem pensar em corrupção, a consequência teria sido um País com bem menos infectados e bem menos óbitos, já com a pandemia controlada; de quem seriam os méritos?
Claro que seriam todos dados aos militares, com o militarismo sendo aplaudido e passando na cara dos brasileiros que entregar a nação a eles teria sido a solução, porque são os mais honestos, competentes e patriotas.
Como estamos vendo um País destruído e vítima de um genocídio que ceifou mais de 540 mil vidas humanas e caminha para chegar a 700 mil, podemos dizer, entre lágrimas e soluços, que esse holocausto tem que ser colocado na conta dos militares e de quem deu asas a eles.

* Rômulo Rodrigues é militante político

 

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