Segunda, 17 De Fevereiro De 2025
       
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Demora em atendimento causa quebra-quebra em pronto-socorro


Publicado em 12 de julho de 2013
Por Jornal Do Dia


A Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju vai fazer hoje um levantamento dos prejuízos causados por um incidente ocorrido ontem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fernando Franco, no Cj. Augusto Franco (zona sul). Por volta das 11h, a empregada doméstica Flávia Tavares, mãe de uma adolescente que aguardava atendimento, perdeu a paciência com a demora dos médicos e, bastante nervosa, quebrou vários objetos da unidade de saúde e foi contida após a chegada de uma equipe da Companhia de Policiamento de Radiopatrulha (CPRp).

A porta-voz da SMS, Cristina Rochadel, admitiu ao JORNAL DO DIA que o problema foi causado pelo fechamento dos postos de saúde da rede municipal, com o ponto facultativo decretado pela Prefeitura de Aracaju por ocasião da greve geral de ontem. "Como as unidades básicas fecharam ontem, a UPA superlotou. Mesmo tendo alguns casos que não eram urgentes e que poderiam ser atendidos pelos postos, as pessoas foram buscar atendimento na UPA", disse ela.

Cristina explicou ainda que havia três clínicos-gerais de plantão no Fernando Franco, mas, no momento do episódio, eles atendiam a um homem que deu entrada com quadro de pré-infarto. "Quando existe muita gente, o atendimento fica mesmo mais lento e se atende primeiro aos casos mais graves. No entanto, cada pessoa que vai pra UPA quer ser atendida logo e acredita que o seu caso é o mais grave e merece prioridade", comentou, ao negar que os médicos teriam se recusado a atender a adolescente. A porta-voz acrescentou que a SMS não vai processar Flávia, mas vai buscar a reparação dos prejuízos ao patrimônio.

Segundo informações da polícia, a garota deu entrada na UPA queixando-se de febre, dores no corpo, dor de cabeça e ânsia de vômito. Flávia, que acompanhava a filha com a irmã, chegou ao local no começo da manhã e esperou por cerca de duas horas. Ela relatou que havia três médicos no local, mas estes estariam se recusando a atender aos pacientes. Vendo o estado da menina se agravar e sem nenhuma posição dos funcionários sobre seu atendimento, a doméstica foi ficando cada vez mais aflita – e esta aflição, aos poucos, se transformou em uma explosão de raiva. Aos gritos, ela cobrou a presença dos médicos, revirou cadeiras e mesas, derrubou o bebedouro, quebrou uma porta e danificou outros objetos.

Médicos, funcionários e alguns guardas municipais apareceram logo para conter a mãe da garota, mas outros pacientes que aguardavam atendimento começaram a demonstrar apoio a ela. Até mesmo um funcionário da UPA começou a incentivar o quebra-quebra, reclamando dos superiores e das condições de trabalho. De acordo com Cristina, este funcionário foi "mandado de volta para casa" pela gerente do Fernando Franco, devendo ser alvo de uma punição. "Se o funcionário está descontente, ele pode reclamar, ir atrás do seu direito, mas não apoiar o vandalismo. Caso ele seja funcionário terceirizado, vamos pedir o afastamento dele. Se ele for concursado, vamos abrir um processo administrativo", informou.

Ainda de acordo com Cristina, a Polícia Militar foi chamada pelos médicos e pelos funcionários da unidade. Um dos médicos prestou boletim de ocorrência na 4ª Delegacia Metropolitana, alegando que foi ofendido e ameaçado. No entanto, o impasse só foi resolvido com a chegada do secretário-adjunto municipal de Saúde, Petrônio Gomes, que, com a ajuda da gerência e dos PMs, explicaram o que estava acontecendo na UPA e convenceram mãe e filha a esperar mais um pouco, enquanto o atendimento era agilizado. A garota foi finalmente atendida minutos depois da conversa, mas a assessora não soube informar o diagnóstico da garota. (com informações do Portal Infonet)

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