Domingo, 04 De Maio De 2025
       
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Desafios Econômicos do Covid-19


Publicado em 10 de maio de 2020
Por Jornal Do Dia


 

De acordo com informações da Confe-
rência das Nações Unidas para o Co-
mércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), o choque do Covid-19 está colocando desafios sem precedentes aos governos de todos os países, sejam os mais avançados, sejam nos países em desenvolvimento e sejam os menos desenvolvidos. Mas, se os desafios são enormes nas economias avançadas, eles são enormemente mais desafiantes nas economias em desenvolvimento.
Os dados da UNCTAD apontam que a maioria dos países em desenvolvimento depende fortemente do acesso às moedas fortes dos países avançados, em face de ganhos principalmente através de exportações de produtos e serviços, como alimentos, petróleo e turismo, e recebidos através de remessas de suas diásporas e do acesso a empréstimos concessionais e baseados no mercado  para pagar importações e cumprir obrigações de dívida externa. A criticidade é maior quando os países em desenvolvimento já enfrentam altos encargos da dívida.
Do ponto de vista econômico, este ano de 2020 que tem como principal ocorrência, a explosão do Covid-19, colocou em evidência as dificuldades decorrentes do alto e crescente endividamento dos países em desenvolvimento, uma vez que ele deve transformar o que já era uma situação difícil em uma crise muito complexa para solucionar e poderá afetar a soberania dos países do mundo em desenvolvimento. Entendo, portanto que iremos reforçar a importância do multilateralismo no mundo que enfrenta desafios críticos de desenvolvimento.
Isso ocorre porque existem muitas vulnerabilidades na dívida dos países em desenvolvimento, isto é visível no último Relatório de Comércio e Desenvolvimento da UNCTAD, na data base de 2019. Então existe um sério risco de perdemos a oportunidade de cumprimento da Agenda 2030, que visa um futuro mais resiliente e sustentável para todos os países.
Entrando nas especificidades dos países e vendo os quesitos do trabalho, percebe-se que a pandemia do COVID-19 está alterando profundamente a maneira pela qual os indivíduos se envolvem em atividades de trabalho e seguem suas vidas diárias, e infelizmente o desemprego está crescente e empobrecendo a sociedade e concentrando mais renda. Além disso, a disseminação do coronavírus (COVID-19) está atrapalhando a vida econômica e social de várias maneiras e dimensões.
O fato é que teremos interrupções significativas nas cadeias de suprimentos globais, inclusive por meio de reduções nos volumes comerciais, declínios no investimento direto estrangeiro, menor demanda de bens de consumo, redução nos preços das commodities e declínio econômico geral, em particular para países em desenvolvimento vulneráveis.
Por que isso ocorre? Para evitar um desastre humano, os países implementaram medidas para conter a propagação do vírus, a saber: limitação de viagens; redução do trabalho não essencial e promoção do teletrabalho; cancelamento de reuniões de massa e promoção do  distanciamento social, entre diversas outras medidas.
Cabe registrara que as fronteiras permanecem abertas na maioria dos países para manter as cadeias de suprimentos funcionando e permitir o comércio contínuo de itens essenciais, incluindo alimentos, bens manufaturados e suprimentos médicos vitais.
Dessa forma, as administrações alfandegárias e as agências transfronteiriças fornecem serviços essenciais para garantir e proteger o movimento transfronteiriço de mercadorias, especialmente produtos essenciais. No entanto, seus funcionários e comerciantes estão expostos a contaminação e propagação adicional do vírus se medidas apropriadas não forem adotadas. Portanto, os países devem agir decisivamente para impedir a propagação do vírus e introduzir medidas para suprimir a transmissão.
Evidencia-se então ações de informatização dos procedimentos para agilizar a liberação de importações, exportações, trânsitos e outras transações comerciais, reduzindo, em grande medida, a necessidade para interação face a face.
Essa crise está se desenrolando em um momento caracterizado pela rápida digitalização, que está ajudando no processo de tomada de decisão em relação a respostas e adaptações à situação por governos, empresas e consumidores. No entanto, diferenças na prontidão digital dificultam a capacidade de grandes partes do mundo de tirar proveito dessas tecnologias.
O surto do Covid-19 forçou a aceleração do mundo digital, bem como uma forte mudança de cenário, e isto será facilitado por conta das seguintes ocorrências: enquanto o iPhone foi lançado em 2007 e as primeiras versões do Android em 2008, agora existem mais de 3,2 bilhões de usuários de smartphones; o número de usuários da Internet aumentou de 1,6 bilhão para 4,1 bilhões, e a penetração de 23% para 54%; o número de usuários do Facebook aumentou de 100 milhões para 2,4 bilhões; o número de compradores on-line mais que dobrou e o valor do comércio eletrônico business-to-consumer (B2C) aumentou de menos de US$ 1 trilhão para mais de US$ 3,8 trilhões; o tráfego do Protocolo Global da Internet (um proxy para fluxos de dados) aumentou de 4.000 GB por segundo para 100.000 GB por segundo; o valor de mercado combinado da Amazon, Apple, Facebook, Google e Microsoft, que era de cerca de US$ 500 bilhões em 2008, atingiu o pico antes que a crise do COVID-19 estourasse em mais de US $ 7,5 trilhões.
Um ponto importante é o papel das entidades multilaterais, como FAO, FMI OMC, OMS, UNESCO, UNCTAD, etc. Na UNCTAD, por exemplo, está ocorrendo um monitoramento dos efeitos da pandemia global sobre manufatura, comércio, investimento estrangeiro direto e crescimento econômico. A instituição está pronta para fornecer assistência técnica que possa ajudar os países a mitigar ou se recuperar dos impactos econômicos do COVID-19. Já o OMC tem buscado desenvolver ações de facilitar o comércio de produtos médicos e reduzir as barreiras comerciais.
Assim caminha a humanidade em um novo cenário mundial de incertezas!

De acordo com informações da Confe- rência das Nações Unidas para o Co- mércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), o choque do Covid-19 está colocando desafios sem precedentes aos governos de todos os países, sejam os mais avançados, sejam nos países em desenvolvimento e sejam os menos desenvolvidos. Mas, se os desafios são enormes nas economias avançadas, eles são enormemente mais desafiantes nas economias em desenvolvimento.
Os dados da UNCTAD apontam que a maioria dos países em desenvolvimento depende fortemente do acesso às moedas fortes dos países avançados, em face de ganhos principalmente através de exportações de produtos e serviços, como alimentos, petróleo e turismo, e recebidos através de remessas de suas diásporas e do acesso a empréstimos concessionais e baseados no mercado  para pagar importações e cumprir obrigações de dívida externa. A criticidade é maior quando os países em desenvolvimento já enfrentam altos encargos da dívida.
Do ponto de vista econômico, este ano de 2020 que tem como principal ocorrência, a explosão do Covid-19, colocou em evidência as dificuldades decorrentes do alto e crescente endividamento dos países em desenvolvimento, uma vez que ele deve transformar o que já era uma situação difícil em uma crise muito complexa para solucionar e poderá afetar a soberania dos países do mundo em desenvolvimento. Entendo, portanto que iremos reforçar a importância do multilateralismo no mundo que enfrenta desafios críticos de desenvolvimento.
Isso ocorre porque existem muitas vulnerabilidades na dívida dos países em desenvolvimento, isto é visível no último Relatório de Comércio e Desenvolvimento da UNCTAD, na data base de 2019. Então existe um sério risco de perdemos a oportunidade de cumprimento da Agenda 2030, que visa um futuro mais resiliente e sustentável para todos os países.
Entrando nas especificidades dos países e vendo os quesitos do trabalho, percebe-se que a pandemia do COVID-19 está alterando profundamente a maneira pela qual os indivíduos se envolvem em atividades de trabalho e seguem suas vidas diárias, e infelizmente o desemprego está crescente e empobrecendo a sociedade e concentrando mais renda. Além disso, a disseminação do coronavírus (COVID-19) está atrapalhando a vida econômica e social de várias maneiras e dimensões.
O fato é que teremos interrupções significativas nas cadeias de suprimentos globais, inclusive por meio de reduções nos volumes comerciais, declínios no investimento direto estrangeiro, menor demanda de bens de consumo, redução nos preços das commodities e declínio econômico geral, em particular para países em desenvolvimento vulneráveis.
Por que isso ocorre? Para evitar um desastre humano, os países implementaram medidas para conter a propagação do vírus, a saber: limitação de viagens; redução do trabalho não essencial e promoção do teletrabalho; cancelamento de reuniões de massa e promoção do  distanciamento social, entre diversas outras medidas.
Cabe registrara que as fronteiras permanecem abertas na maioria dos países para manter as cadeias de suprimentos funcionando e permitir o comércio contínuo de itens essenciais, incluindo alimentos, bens manufaturados e suprimentos médicos vitais.
Dessa forma, as administrações alfandegárias e as agências transfronteiriças fornecem serviços essenciais para garantir e proteger o movimento transfronteiriço de mercadorias, especialmente produtos essenciais. No entanto, seus funcionários e comerciantes estão expostos a contaminação e propagação adicional do vírus se medidas apropriadas não forem adotadas. Portanto, os países devem agir decisivamente para impedir a propagação do vírus e introduzir medidas para suprimir a transmissão.
Evidencia-se então ações de informatização dos procedimentos para agilizar a liberação de importações, exportações, trânsitos e outras transações comerciais, reduzindo, em grande medida, a necessidade para interação face a face.
Essa crise está se desenrolando em um momento caracterizado pela rápida digitalização, que está ajudando no processo de tomada de decisão em relação a respostas e adaptações à situação por governos, empresas e consumidores. No entanto, diferenças na prontidão digital dificultam a capacidade de grandes partes do mundo de tirar proveito dessas tecnologias.
O surto do Covid-19 forçou a aceleração do mundo digital, bem como uma forte mudança de cenário, e isto será facilitado por conta das seguintes ocorrências: enquanto o iPhone foi lançado em 2007 e as primeiras versões do Android em 2008, agora existem mais de 3,2 bilhões de usuários de smartphones; o número de usuários da Internet aumentou de 1,6 bilhão para 4,1 bilhões, e a penetração de 23% para 54%; o número de usuários do Facebook aumentou de 100 milhões para 2,4 bilhões; o número de compradores on-line mais que dobrou e o valor do comércio eletrônico business-to-consumer (B2C) aumentou de menos de US$ 1 trilhão para mais de US$ 3,8 trilhões; o tráfego do Protocolo Global da Internet (um proxy para fluxos de dados) aumentou de 4.000 GB por segundo para 100.000 GB por segundo; o valor de mercado combinado da Amazon, Apple, Facebook, Google e Microsoft, que era de cerca de US$ 500 bilhões em 2008, atingiu o pico antes que a crise do COVID-19 estourasse em mais de US $ 7,5 trilhões.
Um ponto importante é o papel das entidades multilaterais, como FAO, FMI OMC, OMS, UNESCO, UNCTAD, etc. Na UNCTAD, por exemplo, está ocorrendo um monitoramento dos efeitos da pandemia global sobre manufatura, comércio, investimento estrangeiro direto e crescimento econômico. A instituição está pronta para fornecer assistência técnica que possa ajudar os países a mitigar ou se recuperar dos impactos econômicos do COVID-19. Já o OMC tem buscado desenvolver ações de facilitar o comércio de produtos médicos e reduzir as barreiras comerciais.
Assim caminha a humanidade em um novo cenário mundial de incertezas!

 

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