Desempregados querem vaga em obras de termoelétrica

Milton Alves Júnior

A perspectiva de gerar cerca de 1.700 empregos diretos para a construção de uma usina termoelétrica tem atraído milhares de sergipanos ao município da Barra dos Coqueiros. Desde o último final de semana os candidatos se aglomeram em fila formada em frente à sede da Central Elétrica de Sergipe (Celse), onde, segundo a empresa, 300 senhas estão sendo distribuídas diariamente para que os contemplados apresentem os respectivos documentos oficiais com foto e currículo. Além de passar por um criterioso processo de seleção com base nas informações contidas no currículo, os profissionais pré-aprovados participarão de provas e entrevistas.

Diante da ampla quantidade de vagas, a direção do Movimento SOS Emprego Sergipe foi informada que candidatos oriundos de estados vizinhos também estão se deslocando para a cidade a fim de pleitear espaço. Preocupados com a situação, membros do movimento buscaram a direção da Celse e o Governo do Estado para exigir que neste processo a mão de obra local seja prioridade. Em contraponto as exigências, a Central Elétrica de Sergipe informou que 68,5% dos profissionais já em atuação no Estado é formado por sergipanos. O SOS Emprego Sergipe exige que essa taxa seja ampliada, e passe para a casa dos 85% junto à nova rodada de contratações.

Pedido este apoiado pelo aracajuanos Rivaldo dos Santos, pedreiro, sem atuação fixa ou duradoura desde dezembro de 2016. "Estou me virando com bicos que ando fazendo em casa de clientes antigos, mas emprego firme mesmo faz muito tempo que não consigo e sei que essa é a minha oportunidade. Tomara que a chance seja dada a quem é daqui", disse. A usina termoeléctrica é fruto de um investimento superior a cinco bilhões de reais e está prevista para ser entregue até janeiro de 2020. Ela faz parte do Complexo de Geração de Energia Governador Marcelo Déda Chagas.