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Desenvolvimento humano, pobreza e desigualdade
Publicado em 12 de janeiro de 2020
Por Jornal Do Dia
O IDH praticamente estagnou tanto para Brasil, quanto para Nordeste e Sergipe, depois de crescer pouco entre 2000 e 2013. O de Sergipe esteve sempre muito próximo ao nordestino e os de ambos sempre abaixo do brasileiro.
Os dados integram o Anuário Socioeconômico de Sergipe, edição 2019, uma publicação do Grupo de Pesquisa em Análise de Dados Econômicos, vinculado ao Departamento de Economia da Universidade Federal de Sergipe, elaborado pelos professores Luiz Rogério de Camargo e Wagner Nóbrega, do Departamento de Economia da UFS e o economista do IFS, Rodrigo Melo Gois. A publicação, com mais de 700 páginas, pode ser disponibilizada gratuitamente em www.cafecomdados.com
Outras informações:
Sergipe apresentou em 2017 o quinto pior IDH dentre os estados brasileiros. A melhora do IDH de Sergipe no comparativo entre 2000 e 2017 foi maior apenas do que a do Pará, comparados os estados de pior IDH em 2017.
Medida pelo Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) calculado pelo IPEA, a pobreza em Sergipe também praticamente estagnou ao nível de 2013, depois de significativa queda entre 2000 e 2011. O desempenho do IVS de Sergipe se assemelha ao nordestino e ao brasileiro, sendo a desse último melhor.
No comparativo entre os estados brasileiros, Sergipe dividiu a sexta colocação com o estado da Bahia de pior Índice de Vulnerabilidade Social em 2017. Dentre esses sete de pior colocação, Sergipe foi o terceiro de pior diminuição do índice desde 2000.
O percentual de pessoas pobres em Sergipe seguiu, em 2018, a trajetória de crescimento iniciada em 2015, depois de uma sequência de queda desde, pelo menos, 2012. Enquanto o percentual de pobres em Sergipe em 2018 aumentou, o do Brasil e Nordeste diminuiram. Esse foi o primeiro ano quando os desempenhos desses percentuais não se acompanharam mutuamente.
Com o crescimento contínuo de seu percentual de pobres, Sergipe ocupou em 2018 sua pior colocação frente aos demais estados brasileiros (6º maior percentual de pobres), sendo um dos três desses seis estados de piores percentuais que cujo percentual aumentou no comparativo entre 2018 e 2012.
Sergipe foi o sexto estado com maior percentual de pessoas miseráveis em 2018. Dentre os seis estados com ele comparados, Sergipe foi o terceiro a apresentar maior crescimento daquele percentual.
Assim como o apresentado no percentual de pobreza, o de miséria, em 2018 cresceu em Sergipe, na contramão da queda apresentada no Nordeste. O percentual de miséria em Sergipe tende a superar o do Nordeste, depois de ter evoluído sempre abaixo deste até 2015.
A parcela de famílias extremamente pobres no Cadastro Único, em Sergipe, aumentou em agosto de 2019, confirmando uma trajetória de crescimento desde 2017, depois de cair sequencialmente desde 2012. O Nordeste e o Brasil apresentaram a mesma evolução. A parcela em Sergipe continua próxima à nordestina e ambas maiores do que a brasileira.
Também de evolução semelhante à do Brasil e do Nordeste, a parcela de famílias pobres depois de estável entre 2012 e 2015, caiu seguidamente em 2016, tendo aumentado em 2019. A proporção entre as taxas apresentadas por Sergipe, Brasil e Nordeste se manteve, com Sergipe sempre em segundo lugar.
Embora o cadastro esteja medido em famílias e o percentual de pobres esteja em pessoas, é preciso averiguar o porquê de os desempenhos dessas duas variáveis em Sergipe serem diferentes.
Sergipe foi o estado mais desigual do país em 2018. Dentre os estados mais desiguais, seu índice de Gini foi um dos que se manteve mais constante no comparativo entre os anos de 2018 e 2012. A desigualdade oscilou nos últimos anos com tendência a aumento, depois de duas quedas seguidas em 2014 e 2015.
A cidade em obras
A expansão da zona norte de Aracaju chegou a fronteira de Nossa Senhora do Socorro, exigindo uma série de intervenções públicas. A obra mais visível é a duplicação da Avenida Euclides Figueiredo, ligando os dois municípios. O prefeito Edvaldo Nogueira está implantando gigantescas galerias para as águas pluviais, seguida da drenagem e pavimentação de todas as carentes áreas da redondeza para evitar qualquer tipo de inundação mais a frente.
São obras de pavimentação, drenagem e rede de esgotos no Loteamento Rosa do Sul, Jardim Bahia, Loteamento Isabel Martins na Soledade e até a abertura de uma nova avenida no Japãozinho, o Centro Integrado de Esportes do Bugio. Da mesma forma que a Avenida Beira Mar – obra já concluída – todos os corredores de transportes da zona norte também estão sendo recapeados e o trânsito reordenado.
A administração Edvaldo Nogueira tem um conjunto de obras no valor de R$ 810 milhões, volume nunca visto na capital, e é responsável pela recuperação do setor da construção civil, com a geração de centenas de empregos diretos e indiretos. Ao contrário do que ocorre atualmente com prestadores de serviços e fornecedores do governo do estado, quem tem contrato com a Prefeitura de Aracaju recebe em dia.
A região do Santa Maria – a antiga Terra Dura – se transformou numa verdadeira cidade, com grandes avenidas, escolas, conjuntos habitacionais, postos de saúde e até um novo bairro, o Inácio Barbosa, criado na gestão anterior de Edvaldo Nogueira. Hoje as últimas vias de terra estão sendo drenadas e recebem rede de esgoto e pavimentação. As primeiras maternidade e escola em tempo integral do município estão em construção.
Com Edvaldo, a capital voltou a mostrar a sua pujança.
Edvaldo X PT
A decisão do PT em apresentar Márcio Macêdo como candidato a prefeito de Aracaju, começa a ter reflexos entre os aliados do prefeito Edvaldo Nogueira. Na noite de sexta-feira, o Comitê Municipal do PCdoB – partido de Edvaldo durante 39 anos, do qual se desfiliou na última segunda-feira – decidiu que o vereador licenciado Antonio Bittencourt Filho deverá retornar imediatamente ao exercício do seu mandato. Desde março do ano passado, o parlamentar responde pela Secretaria Municipal da Família e Assistência Social de Aracaju e o suplente Camilo Feitosa (PT) – filho do presidente estadual do PT, deputado federal João Daniel -assumiu o mandato.
"O PCdoB se reuniu e decidiu por unanimidade que é preciso retomar o mandato na Câmara imediatamente, para trabalhar pela defesa da unidade do agrupamento político que dá sustentação ao prefeito Edvaldo Nogueira e por entender que não seria possível manter na vaga do PCdoB o representante de um partido que não mais está neste bloco político", afirmou Antonio Bittencourt, vereador e presidente municipal da legenda.
Bittencourt assumiu a Secretaria Municipal da Família e Assistência Social no ano passado a partir de uma indicação do PSD, partido do deputado federal Fábio Mitidieri. Com a ida do parlamentar para o governo municipal, a vaga na Câmara de Vereadores foi ocupada pelo primeiro suplente Camilo Feitosa, do PT, o que representou naquele momento um gesto de fortalecimento da relação entre PT, PSD e PCdoB, que agora foi rompida pelos petistas.
Nos próximos dias, o presidente da Funcaju, Cássio Murilo, indicação pessoal de Márcio Macêdo, e dezenas de petistas em cargos de destaque na administração municipal devem pedir demissão.
O sonho de Gilmar
O deputado estadual Gilmar Carvalho (PSC) voltou a divulgar, com entusiasmo, que o presidente nacional do DEM, ACM Neto, prefeito de Salvador, insiste na sua filiação para que ele seja o candidato do partido a prefeito de Aracaju. Gilmar tenta judicialmente a saída do PSC, alegando perseguição política, para mudar de legenda sem perder o mandato, como manda a legislação.
A janela partidária a ser aberta em março – permite a troca de legenda sem o risco de perder o mandato – só vale para os vereadores em final de mandato. Como deputado, Gilmar só poderá usar esse expediente em 2022, reta final do seu mandato.
Outra coisa: quem tem representatividade no DEM de Sergipe já fez opção na disputa pela Prefeitura de Aracaju. Na sexta-feira, os dois vereadores do DEM – Vinicius Porto e Juvêncio Oliveira – declararam apoio ao prefeito Edvaldo Nogueira e a seu projeto de reeleição. "Continuaremos trabalhando por uma Aracaju mais humana e nas eleições 2020. Foi diante de muitas conversas que nossas ideias se encontraram e conseguimos perceber que poderíamos trabalhar juntos. Em 2020 não vai ser diferente, estaremos lado a lado na busca por uma Aracaju cada vez melhor e no 2º semestre, também nas urnas. Porque um bom trabalho tem que continuar", declarou Vinicius Porto.
Juvêncio Oliveira também publicou em suas redes sociais uma mensagem em apoio a Edvaldo. "Sou DEM desde o início da minha vida política, mas o cenário do Brasil e do nosso Estado, hoje é completamente diferente de 16 anos atrás, quando entrei para a política. Já fui oposição, já fui situação, sei exatamente como funcionam os dois lados. Hoje estou ao lado de quem faz o melhor que pode pela minha Aracaju e se tem uma coisa que esse cara aí da foto não tem medo é de trabalho", escreveu ele abaixo de uma foto em que aparece ao lado do prefeito.
Com Agências