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Investigações constatam desvios de 2013 a 2020 em Moita Bonita


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Publicado em 25 de maio de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Policiais recolhem objetos e documentos durante a ação nas casas dos acusados por desvios em Moita Bonita.

A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual fizeram na manhã de ontem uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão, em Aracaju e em Moita Bonita (Agreste). A chamada “Operação Laços”investiga indícios de fraudes em processos licitatórios e desvio de patrimônio público na cidade. Ninguém foi preso, mas houve a apreensão de dispositivos eletrônicos, computadores, dólares americanos e pesos uruguaios.
Os mandados foram concedidos pela Justiça com base em uma apuração preliminar, ainda de 2019, do Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), da Polícia Civil, e da Promotoria de Moita Bonita. As investigações se concentram em informações de desvios e ilegalidade no período de 2013 a 2020 e que beneficiaram empresas pertencentes a pessoas com relação de parentesco e afinidade com integrantes da administração municipal.
Segundo a delegada Lara Schuster, responsável pelo inquérito, são investigados contratos diversos, desde o fornecimento de remédios, realização de exames, compra de material de construção, material de expediente, manutenção de veículos, fornecimento de refeições, dentre outros serviços fundamentais para o bem estar coletivo da população de Moita Bonita.
“As fraudes consistiam na utilização de documentos falsos ou prévio ajuste entre os participantes, prejudicando o caráter competitivo dos certames e a escolha da proposta mais vantajosa para a administração. As investigações ainda mostram que as fraudes davam origem a contratos superfaturados, com suspeitas de que os serviços não eram prestados em sua totalidade ou que os produtos eram entregues em quantidade inferior, com desvio de patrimônio público”, detalhou a delegada.
O promotor de justiça Bruno Melo, do MPSE, explicou que a operação envolve uma gama de serviços e entregas de produtos com qualidade inferior no âmbito do serviço público. “O Ministério Público acompanhou o cumprimento dos 12 mandados de busca e apreensão decorrente do deferimento dessa medida cautelar. A investigação iniciou aqui com a instauração de inquérito policial sobre diversas irregularidades em vários segmentos, medicamentos, combustível, realização de serviços, exames, obras”, revelou.
Nesta terça-feira, foram cumpridos mandados de busca e apreensão com o objetivo de apreender computadores, notebooks, terminais móveis, documentos e eventuais objetos necessários à prova de tais infrações, solicitando também o afastamento do sigilo telefônico/dados com o objetivo de encontrar vestígios digitais dos delitos praticados.
A delegada Lara Schuster reforçou que a licitação é mais que um procedimento administrativo, “é um mecanismo que a Constituição previu para que o Estado faça a melhor gerência dos recursos públicos, de modo a garantir a máxima satisfação dos direitos sociais. Quem frauda uma licitação, conspira contra o atendimento das necessidades da sociedade”.
O nome da Operação se refere ao forte vínculo entre os integrantes do grupo criminoso, que se articulavam entre eles para fraudar os processos licitatórios.

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