Quarta, 24 De Abril De 2024
       
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Sem medicamentos, hospital Santa Isabel suspende cirurgias eletivas


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Publicado em 21 de janeiro de 2022
Por Jornal Do Dia Se


Santa Isabel enfrenta superlotação na pediatria.

Milton Alves Júnior

Por falta de medicações, bloqueadores musculares e sedativos, a direção do Hospital e Maternidade Santa Isabel, em Aracaju, confirmou que todas as cirurgias eletivas foram suspensas por tempo ainda indeterminado. O problema se tornou público depois que a estudante de enfermagem, Carla Santos – que trabalha na unidade -, decidiu denunciar o caso.
Ainda conforme revelado pela acadêmica, por falta de atenção administrativa, muitos procedimentos cirúrgicos foram indisponibilizados no momento em que pacientes já estavam acolhidos em macas e salas cirúrgicas. Sem apresentar detalhes, incluindo o quantitativo, Carla Santos garantiu que a maioria destas suspensões repentinas atingiu pacientes usuários do Sistema único de saúde (SUS), residentes no interior sergipano.
Todas as denúncias apresentadas pela estudante não foram desmentidas pela direção hospitalar. Em nota, o Santa Isabel esclareceu apenas que existem em estoque baixo quantitativo de medicamentos, por exemplo, mas que estes lotes finais estão integralmente destinados a pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Por fim, o hospital e maternidade lamentaram que o problema tenha atingido os contribuintes que necessitaram da assistência, mas destacou que o fato ocorre por indisponibilidade das medicações, dos bloqueadores musculares e sedativos no mercado nacional. Quanto ao anúncio de suspensão, foi informado que o Núcleo de Regularização Interna (NIR) está entrando em contato com os pacientes que já haviam sido convidados para enfrentar o procedimento cirúrgico.
“Temos o caso de uma paciente que vive em Poço Verde, ficou internada três vezes, mas na hora que a médica estava dentro do centro cirúrgico tudo foi desmarcado por falta de algodão. A cirurgia dela foi remarcada para o dia 19, liguei para o setor de cirurgia, eles confirmaram, mas na hora foi suspenso novamente. Eles estão alegando que por conta da pandemia os fornecedores não estão entregando sedativos, mas nos demais hospitais particulares a compra é feita. Você colocar o paciente dentro do centro cirúrgico, ter todo o desgaste e depois pedir para vestir a roupa; até quando vai esse descaso?” denunciou Carla Santos em entrevista concedida ao programa de rádio Jornal da Fan.
A administração do Hospital e Maternidade Santa Isabel informou na tarde de ontem ao JORNAL DO DIA que, quando a compra dos medicamentos e insumos hospitalares for realizada, bem como o estoque estiver preenchido, um comunicado oficial será emitido. Essas informações inicialmente serão repassadas para os pacientes que se depararam com a necessidade de suspender a respectiva cirurgia eletiva. Apesar desta garantia, não há perspectiva de data para a normalização dos atendimentos.

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