Sexta, 26 De Abril De 2024
       
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Deu ruim para Carlinhos Maia


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Publicado em 19 de agosto de 2021
Por Jornal Do Dia


O diabo por um like

 

* Rian Santos
Aqui se faz, aqui se 
paga. Carlinhos 
Maia foi condenado a coçar o bolso em favor de Laudice Rocha, artista que teve uma obra vandalizada pelo influencer, sob o pretexto de uma piada nas redes sociais. Ainda cabe recurso sobre a decisão. A justiça sergipana, no entanto, é a menor das pedras no sapato do sujeito.
Sub celebridade com milhares de seguidores nas redes sociais, Carlinhos Maia é famoso por não ter um pingo de graça, nem vergonha na cara. No início do ano, ele resolveu se gabar de suposto convite para furar a fila da vacina em Maceió. A proposta indecorosa teria partido do prefeito João Henrique Caldas. Pegou mal para todos os envolvidos. 
O episódio supera o ridículo de hábito, marca indelével no "trabalho" do profissional em questão, resvala em implicações de ordem legal. Mas isso é problema a ser tratado pelos servidores da Justiça. Aqui, importa especular sobre o meio de vida dessa gente.
Jornalista profissional, tenho todas as razões do mundo para alimentar as pulgas atrás da orelha. Em primeiro lugar, temo pelo estrago causado no debate público quando um poeta de tal estirpe resolve abrir a boca para tratar de outro assunto, além dos TBT’s e Jabás de praxe. A mim, pouco importa que Calinhos Maia viva de favor, às custas das cortesias e mimos dos anunciantes. Seria muito conveniente, entretanto, que se abstivesse de comentar temas mais complexos. A importância da vacina é um exemplo excelente.
Os leitores que gastam a vista sobre as páginas sujas dos jornais precisam saber de um segredo: O jornalista especializado em emitir opinião, via de regra, entende de coisa nenhuma. Do alto da própria ignorância, contudo, o bom profissional conversa com Deus e o mundo, especialistas, autoridades, recorre às bibliotecas, a fim de formular impressões coerentes com o próprio pensamento e comunicar algo que preste. O trabalho da gente é ser bem burro.
Influencers, ao contrário, costumam se comportar como senhores da própria verdade. Há exceções, claro! Mas a maioria fica "famosinho" por força do acaso e trata de capitalizar a oportunidade produzindo "conteúdo" sobre tudo e todos, ao sabor do vento, um repertório de caras e bocas, muitas vezes incluída a bunda. O influencer está andando e cagando para o conjunto da obra, faz o diabo por um like.
* Rian Santos, jornalista.

* Rian Santos

Aqui se faz, aqui se  paga. Carlinhos  Maia foi condenado a coçar o bolso em favor de Laudice Rocha, artista que teve uma obra vandalizada pelo influencer, sob o pretexto de uma piada nas redes sociais. Ainda cabe recurso sobre a decisão. A justiça sergipana, no entanto, é a menor das pedras no sapato do sujeito.
Sub celebridade com milhares de seguidores nas redes sociais, Carlinhos Maia é famoso por não ter um pingo de graça, nem vergonha na cara. No início do ano, ele resolveu se gabar de suposto convite para furar a fila da vacina em Maceió. A proposta indecorosa teria partido do prefeito João Henrique Caldas. Pegou mal para todos os envolvidos. 
O episódio supera o ridículo de hábito, marca indelével no "trabalho" do profissional em questão, resvala em implicações de ordem legal. Mas isso é problema a ser tratado pelos servidores da Justiça. Aqui, importa especular sobre o meio de vida dessa gente.
Jornalista profissional, tenho todas as razões do mundo para alimentar as pulgas atrás da orelha. Em primeiro lugar, temo pelo estrago causado no debate público quando um poeta de tal estirpe resolve abrir a boca para tratar de outro assunto, além dos TBT’s e Jabás de praxe. A mim, pouco importa que Calinhos Maia viva de favor, às custas das cortesias e mimos dos anunciantes. Seria muito conveniente, entretanto, que se abstivesse de comentar temas mais complexos. A importância da vacina é um exemplo excelente.
Os leitores que gastam a vista sobre as páginas sujas dos jornais precisam saber de um segredo: O jornalista especializado em emitir opinião, via de regra, entende de coisa nenhuma. Do alto da própria ignorância, contudo, o bom profissional conversa com Deus e o mundo, especialistas, autoridades, recorre às bibliotecas, a fim de formular impressões coerentes com o próprio pensamento e comunicar algo que preste. O trabalho da gente é ser bem burro.
Influencers, ao contrário, costumam se comportar como senhores da própria verdade. Há exceções, claro! Mas a maioria fica "famosinho" por força do acaso e trata de capitalizar a oportunidade produzindo "conteúdo" sobre tudo e todos, ao sabor do vento, um repertório de caras e bocas, muitas vezes incluída a bunda. O influencer está andando e cagando para o conjunto da obra, faz o diabo por um like.

* Rian Santos, jornalista.

 

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