Dez postos de saúde vão cuidar apenas de casos de síndromes gripais

Milton Alves Júnior

 

Desde o início da manhã de ontem a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde, está disponibilizando dez unidades básicas de saúde para acolher crianças e adolescentes com sinais de síndrome gripal. A ação acontece depois que o Sistema Único de Saúde identificou, em todos os 39 bairros da capital sergipana, amplo aumento de pacientes com faixa etária de 2 à 14 anos apresentando problemas no respectivo quadro clínico. Este mesmo cenário tem sido enfrentado por unidades de saúde das redes: particular, cooperativas e filantrópicas. 

Para amenizar estes problemas, a administração municipal decidiu agregar ao plano de contingência as unidades básicas de saúde: Augusto Franco (Farolândia), Geraldo Magela (Orlando Dantas), Ministro Costa Cavalcante (Inácio Barbosa), Manoel de Souza (Jabotiana), Cândida Alves (Porto Dantas), José Machado (Santos Dumont) e Onésimo Pinto (Jardim Centenário), todas com funcionamento das 7h às 19h; as UBSs Osvaldo Leite (Santa Maria) e João Bezerra (Mosqueiro) funcionarão das 7h às 17h; e a UBS José Augusto Barreto (Japãozinho), das 7h às 16h. A perspectiva por parte dos gestores é que ainda esta semana os hospitais com registro de superlotação apresentem gradativa diminuição, capaz de melhor acolher e atender as crianças.

Esta situação dos postos de saúde de Aracaju é reflexo, também, do transtorno vivenciado nos demais 74 municípios sergipanos. O momento de fragilidade clínica das crianças e adolescentes foi destacado pela deputada estadual, e médica, Lidiane Lucena (Republicanos), durante sessão plenária ocorrida na última quinta-feira, 25, na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe. De acordo com a parlamentar: “é importante que a população compreenda que o atendimento pediátrico e os demais atendimentos ocorrem em diferentes níveis de complexidade. Em termos gerais, a baixa complexidade, está sob a responsabilidade do município. A média e a alta complexidade sob responsabilidade do estado. O objetivo é garantir atendimento adequado à complexidade dos problemas de saúde, possibilitando um acesso mais ágil e efetivo aos cuidados necessários.”

Orientações – Segundo destacado pela Secretaria de Saúde, é esperado que nessa época do ano as doenças respiratórias se tornem mais comuns; em especial, a gripe (influenza), resfriado, otite, sinusite, pneumonia e alergias. De acordo com a médica infectologista da SMS, Fabrízia Tavares, explica que isso ocorre por meio da transmissão respiratória, por exemplo, através de espirro, fala, tosse. “A gripe obedece uma sazonalidade em que sempre tem um período do ano em que os casos aumentam e esse período é o de inverno porque as temperaturas diminuem e as pessoas tendem a ficar mais em casa e em ambientes fechados, facilitando a transmissão de uma pessoa para outra e conferindo essa característica de sazonalidade”, explicou Fabrízia Tavares.