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Disparidade gritante
Publicado em 19 de setembro de 2024
Por Jornal Do Dia Se
Sergipe é o segundo estado com o melhor equilíbrio salarial entre homens e mulheres
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Há quem desacredite as justas reivindicações por igualdade de gênero no mercado de trabalho, sob o argumento de que esta questão já teria sido superada na prática. Quem pensa assim precisa se ater a fontes mais confiáveis de informação, procurar enxergar além do próprio umbigo. Na realidade, a disparidade salarial entre homens e mulheres é gritante.
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As trabalhadoras mulheres ganham 20,7% menos do que os homens em 50.692 empresas brasileiras com 100 ou mais empregados. As informações são do 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, apresentado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (TEM).
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Não se trata de adivinhação, ou de contabilidade criativa. O documento considera os dados informados pelos empregadores na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023.
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Neste particular, ao menos, estamos bem na fita. Segundo relatório recente, Sergipe é o segundo estado com o melhor equilíbrio salarial entre homens e mulheres. Ainda assim, elas ganham 7,1% a menos do que os trabalhadores homens, desempenhando as mesmas funções.
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Na letra da Lei, a mulher brasileira é senhora de todos os direitos. Na prática, contudo, no dia a dia das jornadas duplas de trabalho, em ambiente doméstico e profissional, a equidade salarial não passa de letra morta, muitas vezes. Razão pela qual todo esforço no sentido de conhecer a realidade, a fim de promover a igualdade, será sempre bem vindo.