Terça, 21 De Janeiro De 2025
       
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Disputa pela PMA não deverá ter novos nomes no pleito de 2024


Publicado em 22 de julho de 2023
Por Jornal Do Dia Se


A um ano das convenções partidárias que vão definir candidatos a prefeito e vereador, Aracaju deverá ter uma das eleições mais disputadas dos últimos anos, principalmente para o executivo. A falta de um candidato natural e favorito, como ocorreu em 2020, torna a disputa ainda mais emblemática.
Em 2020, o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) disputava a reeleição e aparecia com uma boa vantagem em todas as pesquisas realizadas na época. No primeiro turno, Edvaldo recebeu 119.681 votos (45,57% dos votos válidos), sendo a segunda colocada, a Delegada Danielle Garcia (Cidadania), que recebeu 55.973 votos (21,31% dos votos válidos). Edvaldo faltou 4,44% dos votos para liquidar a parada no primeiro turno. Acabou eleito no segundo turno com 150.823 votos (57,86% dos votos válidos) contra 109.864 votos obtidos por Danielle Garcia. Os outros candidatos foram Alexis Pedrão (PSOL), Almeida Lima (PRTB), Georlize Teles (DEM), Gilvaní Santos (PSTU), Juraci Nunes (PMB), Lúcio Flávio (Avante), Márcio Macêdo (PT), Paulo Márcio (DC) e Rodrigo Valadares (PTB).
Se em 2020 o atual ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macêdo, obteve pouco mais de 10 mil votos na disputa pela Prefeitura de Aracaju, nas próximas eleições ele seria um dos favoritos. Márcio declinou do convite feito pelo senador Rogério Carvalho e pelo deputado federal João Daniel. Prefere continuar ministro e se cacifar para disputar o Senado em 2026. O mesmo acontece com a ex-vice-governadora Eliane Aquino, coordenadora nacional do Programa Bolsa Família. Bem posicionada nas pesquisas, também agradeceu os convites e pretende disputar vaga para deputada federal em 2026. Nas eleições de 2022, Eliane obteve 63 mil votos para a Câmara Federal, garantindo legenda para que João Daniel, que alcançou 68 mil votos, continuasse deputado.
Sem poder contar com Márcio e Eliane, o PT terá dificuldades para encontrar um bom nome para disputar a PMA. A candidatura pode acabar sobrando para o empresário Sérgio Gama, que foi o candidato a vice-governador de Rogério Carvalho em 2022. Gama perdeu o controle do MDB para o senador Alessandro Vieira e deve se transferir para o PT. Seria uma aposta muito arriscada já que nunca liderou qualquer chapa.
A ausência de Eliane não vai deixar as mulheres fora da disputa. A vereadora Emília Correa (Patriota) e a mesma Daniele Garcia, agora no Podemos, aparecem entre os candidatos favoritos. Emília não abre mão da disputa, enquanto Danielle pode ser convencida a tentar preservar o seu nome para 2026.
O prefeito Edvaldo Nogueira, que faz uma administração bem avaliada, deverá ser o mais importante cabo eleitoral das eleições municipais. Impedido de disputar a reeleição, ele não tem um bom nome para retirar da cartola. Diz que só pretende tratar do assunto a partir de maio de 2024, mas incentiva abertamente Luiz Roberto Dantas, secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, que no pleito passado conquistou 35 mil votos como candidato a deputado federal, e Jeferson Passos, o eterno secretário da Fazenda nos 16 anos de Edvaldo. São nomes considerados pesados, mesmo que tenha o apoio também do governador Fábio Mitidieri (PSD), que prometeu votar no candidato apresentado pelo atual prefeito.
O ex-governador Belivaldo Chagas desistiu da anunciada aposentadoria quando deixasse o governo, assumiu a presidência do diretório estadual do PSD por indicação do governador, e trabalha para ser o candidato a prefeito de Edvaldo. Aposta que nomes como os de Jeferson e Luiz Roberto não possuem apelo eleitoral. Não parece lembrar que em 2018 quando foi escolhido por Jackson Barreto como candidato do grupo aparecia apenas com 1% das intenções dos votos. Venceu o primeiro turno com 40,84% dos votos contra 21,49% de Valadares Filho. Foi eleito no segundo turno com 64,72% dos votos contra 35,28 de Valadares.
O vereador Fabiano Oliveira (PP) é sempre citado como possível candidato, mas o ex-governador Albano Franco, a quem é muito ligado, está aposentado e muitos setores discordam do uso de dinheiro público nas grandes festas promovidas pela sua família, principalmente o Pré-Caju.
O ex-governador Jackson Barreto, que desde o final da década de 1980 era decisivo nas eleições municipais e sempre tinha um coelho na cartola, vem num declínio político eleitoral há alguns anos e hoje cuida apenas dos seus interesses pessoais.
Um ano é um período muito pequeno para o surgimento de um fenômeno que pudesse vir a abalar a disputa pela Prefeitura de Aracaju. O eleitorado deve se preparar para votar num dos nomes já citados.

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