O irmão da prefeita é o mais cotado para assumir a Funcaju(Divulgação)
E a Funcaju?
Publicado em 17 de janeiro de 2025
Por Jornal Do Dia Se
Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br
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Há grande expectativa sobre o papel a ser desempenhado pela Funcaju sob as asas da prefeita Emília Corrêa. O silêncio que pesa sobre o destino da Fundação esmaga o bom debate. Mas não sufoca, contudo, a aflição dos artistas atordoados com os rumos inesperados da sucessão municipal.
Inesperados, vírgula. Artista ou paisano, quem se engajou na campanha eleitoral, declarando preferências, com revelador alarde, certamente calculou o ônus e o bônus de trabalhar por determinado projeto de poder. Agora, comenta-se a boca pequena sobre um arranjo capaz de fazer o radialista Paulo Corrêa, irmão da prefeita, secretário de Cultura municipal.
A mim, pouco me importa quem estará à frente da Funcaju. Mais proveitoso do que discutir um nome – sucumbindo ao personalismo tão nocivo aos princípios fundamentais de uma República – seria pensar um projeto capaz de aliar Cultura e Economia, sem privilégio de panelinhas e segmentos. E aqui não convém repetir a cantilena surrada, tão cara aos próceres da direita tupiniquim, sobre dar um peixe de mãos beijadas ou ensinar um suplicante a pescar.
O fato é que a Funcaju ainda não tem quem responda em caráter definitivo pela lavoura sensível do município. E o pendor nepotista da prefeita Emília não aquieta o coração de ninguém.