Editorial: Corja golpista

Derrotado nas urnas, Bolsonaro e sua corja partiram para as vias de fato, com o fim de se manter no poder

O golpe frustrado no dia 08 de janeiro de 2022, quando uma horda bolsonarista invadiu e depredou as sedes dos três poderes, em Brasília, não será esquecido, não permanecerá impune. Desde a arraia miúda, como se diz em linguagem popular, até os mentores, financiadores e articuladores do golpe.

Ontem, a Policia Federal indiciou, finalmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Braga Netto (PL) e mais 35 pessoas sob suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa – uma articulação que incluiu até mesmo atentados homicidas.

Segundo a Polícia Federal, o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, estavam na mira dos golpistas, marcados para morrer. Derrotado nas urnas, mesmo após promover uma campanha criminosa contra o sistema eleitoral, Bolsonaro e sua corja partiram para as vias de fato, com o fim de se manter no poder.

Espera-se, portanto, que Bolsonaro, assim como outros de sua laia, sejam punidos exemplarmente, a seu tempo, antes tarde do que nunca. De outro modo, a estabilidade do regime restará fragilizada, ferida de morte, vulnerável ante eventuais rompantes de milicos em conluio com celerados sem qualquer patente.