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A história ensina


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Publicado em 06 de agosto de 2022
Por Jornal Do Dia Se


“Ontem e hoje, a ciência só é acolhida em ambiente propenso ao império da razão.”

As autoridades sanitárias em Sergipe estão de cabelo em pé. Não bastasse a pandemia de covid-19, o risco de casos fatais da doença, suspeitas de contágio por varíola dos macacos e até malária assombram os profissionais na linha de frente da saúde estadual.
Ontem, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou o registro de um caso confirmado de malária em Aracaju. As circunstâncias do contágio são singulares, a vítima é uma mulher que esteve na região Amazônica, local onde a doença é considerada endêmica. De todo modo, o episódio evoca fantasmas do passado, quando a imunização da população era ainda uma meta a ser alcançada.
A paciente apresentou um quadro de vômitos, febre e náuseas. Ela foi submetida a exames, que descartam a covid-19, mas confirmaram malária. A SMS está monitorando a paciente e também seus familiares que vieram da região Amazônica para acompanhá-la. O órgão também reforçou o fumacê costal e as ações de limpeza da área em que a paciente reside.
A história ensina que é muito melhor prevenir do que remediar. Em 1902, quando Rodrigues Alves assumiu a presidência do Brasil, o Rio de Janeiro, a primeira capital do País, estava tomada por lixo – um ambiente propenso à proliferação da varíola. Coube ao médico Oswaldo Cruz, nomeado diretor de saúde pública, impor a vacinação obrigatória.
À época, políticos, militares e a população da cidade se opuseram à vacina. A imprensa não perdoava Oswaldo Cruz, dedicando-lhe charges cruéis, ironizando a eficácia do imunizante. Como hoje, tanto tempo depois, nem mesmo uma enorme pilha de mortos, as vítimas fatais da doença, foi capaz de convencer os incautos. Ontem e hoje, a ciência só é acolhida em ambiente propenso ao império da razão.

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