Até quando?

O presidente Jair Bolsonaro ainda não achou um pau mandado para fazer as suas vontades na direção da Petrobras. Tudo indica, um executivo confiável, com o mínimo de competência e a subserviência exigida de todos os seus subordinados, jamais será anunciado, ainda não nasceu.
José Mauro Coelho renunciou ontem à direção da Petrobras. Ele foi o terceiro executivo a comandar a Petrobras na gestão Bolsonaro. Fernando Borges, diretor executivo de Exploração e Produção, foi nomeado presidente interino até a eleição e posse do novo comandante da empresa. A dança das cadeiras, entretanto, não tem data para acabar, pode varar dias, meses, anos. No atual contexto, a pergunta subjacente, sugerida pela expectativa de uma nova nomeação, é uma só: até quando?
Na direção da Petrobras, Bolsonaro quer alguém comprometido com o seu projeto de poder, capaz de negligenciar a estatal em favor de sua reeleição. Incapaz de segurar o preço dos combustíveis na bomba dos postos, ainda que artificialmente, ele agora investe abertamente na desvalorização da estatal.
O plano de privatização da Petrobras, não é segredo para ninguém, sempre povoaram os sonhos molhados do presidente. Vendê-la a preço de banana, por qualquer tostão furado, teria o condão de unir o útil ao agradável. O raciocínio torto é típico do sujeito. Entregue de mãos beijadas aos gringos, a Petrobras e o impacto dos combustíveis na inflação que rouba comida aos pratos dos brasileiros, Bolsonaro talvez acredite, não seriam mais problemas seus.