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Auxílio eleitoral


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Publicado em 15 de julho de 2022
Por Jornal Do Dia Se


O que o presidente Jair Bolsonaro fala não se escreve. Durante a campanha em que se elegeu, por exemplo, jurou de pés juntos que jamais se candidataria a um segundo mandato. Agora, candidatíssimo, às vésperas do pleito, foi tomado de súbita preocupação social.
Bolsonaro se fia na memória pouca dos eleitores. Os vídeos disponíveis na internet, entretanto, resgatam declarações realizadas ao longo de toda a sua trajetória política – desde a oposição ferrenha a qualquer programa de transferência de renda, ainda na Câmara dos Deputados, até os argumentos adotados como presidente da República. No momento mais agudo da crise sanitária ainda em curso, em plena pandemia de Covid-19, Bolsonaro afirmava que a concessão de um auxílio às famílias impedidas de buscar o próprio sustento nas ruas, uma imposição do isolamento adotado por estados e municípios, quebraria o Brasil.
O auxílio foi concedido, após uma queda de braço lamentável travada entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. O presidente Bolsonaro, entretanto, fez tudo o que estava a seu alcance para limitar o benefício.
Bolsonaro vem se mostrando o mais generoso com os donos da grana – incluindo grileiros, garimpeiros e madeireiros ilegais. No trato com o povo, entretanto, sempre deu adeus de mão fechada. Chegou a afirmar que não havia fome no Brasil. Agora, pressionado pelas pesquisas eleitorais, passa por cima de tudo, leis e regimentos, a fim de aprovar um pacote de bondades com prazo para expirar já definido: logo após as eleições.
Presidente da República, Bolsonaro jamais se preocupou com o recrudescimento da fome. Candidato, ao contrário, ostenta um coração de mãe.

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