Descontrole geral

Às vésperas da eleição, o presidente Bolsonaro parece finalmente ter se dado conta: O Brasil voltou a ser um país de pobres.
Ontem, o ultra liberal ministério de Paulo Guedes tomou uma controversa providência, a fim de combater a alta dos preços dos alimentos. Até o fim do ano, quando o resultado das urnas será conhecido, diversos produtos consumidos pelas camadas mais pobres da população terão os impostos de importação zerados. A medida é pontual. Depois, ninguém sabe.
O Ministério da Economia informou ontem que irá zerar ou reduzir o imposto de importação de onze produtos alimentícios e do setor de construção, em meio à alta da inflação no país. Na lista, estão produtos como farinha de trigo, carne bovina desossada e pedaços de galinha, além de aço e barras de ferro. Segundo o governo, a medida priorizou itens que têm maiores impactos sobre a cesta de consumo de camadas mais pobres da população, a fim de ajudar no combate à inflação, considerando mercadorias que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Nada como uma eleição para sensibilizar os governantes com projetos de permanecer no poder. Bolsonaro, justo aquele para quem os direitos dos trabalhadores impediriam o desenvolvimento da economia nacional, logo ele, o presidente que foi contra o pagamento de auxílio emergencial durante a pandemia, alegando que o investimento em assistência social quebraria o País, resolveu abrir a mão, movido por súbita atenção com os mais pobres. Chega a ser comovente. Logo ele…