Longe do fim

A pandemia está ainda longe de chegar ao fim. A maior evidência pode ser observada nas unidades públicas de saúde, Brasil afora. Segundo levantamento da Fiocruz, o quadro é de sobrecarga, com possível ausência de leitos. Em Recife, Belo Horizonte, Fortaleza e Goiânia, a taxa ocupação já está acima de 80%.
Por aqui, o quadro não é menos grave. O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, finalmente anunciou a anulação do Carnaval. O Governo de Sergipe, sempre claudicante, impôs restrições um pouco mais brandas à realização de eventos com potencial de aglomeração. Se a crise ganhar volume, novas restrições serão anunciadas.
Apesar de inconvenientes, as providências são necessárias. Além de sobrecarregar os sistemas de saúde, a disparada da Ômicron no Brasil está provocando escassez nos insumos para testes de Covid. Por conta disso, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) recomendou aos laboratórios que priorizem os exames para pacientes graves, trabalhadores da saúde e outros profissionais essenciais. Sim, chegamos a tal ponto.
No atual contexto, o passaporte vacinal se impõe, incontornável. Nisto, o decreto do governo estadual acerta em cheio. Eventos sociais com mais de 400 pessoas (ambientes internos) e 600 (externos), somente será permitido o acesso de pessoas que tenham recebido a 1ª dose e a 2ª dose contra a Covid-19, ou que apresentem teste antígeno/RT-PCR de Covid-19 negativo feito com no máximo 48h de antecedência.