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Quase ficção


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Publicado em 06 de maio de 2022
Por Jornal Do Dia Se


“A telemedicina ainda enfrenta alguma resistência entre os profissionais médicos”

Os benefícios da telemedicina foram conhecidos pela população durante a pandemia de coronavírus, remediando a distância entre médicos e pacientes com a troca segura de informações e, nos casos possíveis, diagnósticos consistentes. Mas nem tudo são flores na modalidade de atendimento agora regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina. Há questões éticas ainda pendentes.
Em primeiro lugar, as plataformas devem ser absolutamente seguras, de modo a preservar a privacidade do paciente, o sigilo profissional e a submissão das prescrições médicas aos moldes preconizados pelo CFM. Além disso, é preciso estabelecer parâmetros razoáveis para a oferta de serviços em ambiente digital. A medicina é também um negócio, mas não é cabível que se perca de vista que trata, antes de tudo, de um bem de valor inestimável, justamente a vida humana.
Vetada por Lei até pouco tempo, a telemedicina foi autorizada pelo Ministério da Saúde e endossada pelo CFM, mas ainda enfrenta alguma resistência entre os profissionais médicos. Há, entre estes, quem acredite que a prática pode ser perigosa, dependendo do contexto e das atividades realizadas, já que a telemedicina pode ser empregada em diversas modalidades, como consultas online, a leitura de exames, a troca entre profissionais médicos e até cirurgias à distância, coisa de ficção científica. Para alguns médicos, o exame físico realizado em consultório seria indispensável.
De um jeito ou de outro, o fato é que a telemedicina é hoje uma tendência incontornável. Espera-se, no entanto, que ao regulamentar a inovação possibilitada pelo avanço da tecnologia, o CFM também assuma o ônus de fiscalizar o exercício da medicina em ambiente virtual com o maior rigor possível. Eis a questão.

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