Quinta, 23 De Janeiro De 2025
       
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EDIVAN OU O FARSANTE QUE FOI LONGE DEMAIS


Publicado em 15 de novembro de 2014
Por Jornal Do Dia


Edivan Amorim foi derrotado na eleição onde apresentou o irmão como candidato ao governo. A derrota foi fragorosa. As consequências do insucesso retumbante praticamente dizimaram o forte grupo que ele formou.
Mas até que isso acontecesse o ousadíssimo Edivan chegou longe demais. Pessoa que disfarça a indigência cultural com a capacidade de traçar cenários, tanto irreais como perigosos, e consegue iludir inclusive gente decente, Edivan fez uma inacreditável trajetória. Ele esteve bem próximo de assenhorear-se completamente do Estado. Imiscuiu-se em varias instituições, lá deixado as suas indeléveis digitais. Comandou o Poder Legislativo e dele obteve um fluxo estranho de recursos e de outras vantagens; colocou agentes seus no Tribunal de Contas; controlou prefeituras e participou de peripécias no mundo dos negócios, delas saindo debaixo de suspeitas e indiciamentos, sem nunca perder a pose e a empáfia de grande empresário , todavia, sem patrimônio próprio. Edivan conseguia ainda insinuar-se em áreas federais, e até traçar roteiros de empréstimos bancários, para isso contando com a conivência dos executivos de algumas instituições financeiras.
Montou um poderoso esquema político de cooptação através de facilidades geradas no setor público, e soube colocar a serviço de uma planejada chantagem a maior cadeia de emissoras de rádio de Sergipe, com a qual imaginou anestesiar as consciências dos sergipanos.
Como se sabe, Edivan finalmente deu-se mal, porém, impressionante mesmo é o rastro que ele deixa ao longo da sua atrevida trajetória, fulminando tantos que foram seus parceiros ou por ele iludidos. É um rastro de fracassos, decepções, falências, desespero, desavenças familiares, odiosidades, velhacarias e medo, de medo inclusive da Justiça , da chegada iminente da Polícia e Procuradores Federais.
Restaram as consequências dramáticas ou até trágicas do tropel desatinado de um aventureiro ególatra, destituído de apreço às pessoas, e muito menos ainda, às instituições.
Do que estamos nos livrando nós, os sossegados viventes de Sergipe.

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