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EM 2024 PRECISAMOS ABRIR CAMINHOS PARA CONSTRUIR UMA REPÚBLICA EM 2030


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Publicado em 23 de novembro de 2023
Por Jornal Do Dia Se


* Rômulo Rodrigues

E já estamos atrasados e aparentemente sem ânimo para sair do imobilismo. O que requer ter pressa caso haja o entendimento de que não há, e nunca haverá uma, com gente como Artur Lira presidindo um dos poderes.
E ai, eis o X da questão, como impedir? Estudando pontos fortes e pontos fracos de homens como ele e aplicando antídotos contra seu principal veneno que só será possível analisando minuciosamente seu mapa de votação e impedindo que a mesma se repita.
Fora da câmara federal, por um método democrático que começa por observar a votação dele em 2018 e a repetição em 2022.
O antídoto para que coronéis como ele sejam afastados dos maiores espaços de poder está, exatamente, nos espaços menores; as câmaras de vereadores e, o ano de 2024 está batendo à porta e, ao que tudo indica o partido de maior preferência do Brasil continua deixando seus dirigentes e lideranças fantasiados de “Cavalos de Cabriolé” com os anteparos laterais nos olhos, a olharem só para a frente.
Que se dane Confúcio ao dizer; “Se você quiser planejar o futuro, convém antes dar uma olhada no passado”.
Sempre há, e haverá tempo de avançar; todo dia, nossa caminhada começa, ou recomeça, com o primeiro passo e já estamos caminhando há bastante tempo.
Neste momento, o olhar tem que ser dirigido para a vizinha Argentina e não fixar o foco só na vitória de Javier Milei. É, acima de tudo, perguntar; que importância a sociedade civil organizada de lá, que combateu a ditadura militar e pagou um preço alto com a guerra das Malvinas, dá às eleições proporcionais menores? Provavelmente, igual ou menor que aqui.
E aqui, o olhar tem que recair sobre, ninguém mais, ninguém menos que o Partido dos Trabalhadores e enxergar que ele negligencia desde muito tempo as eleições para as câmaras de vereadores.
Querem um exemplo? No Brasil, nas eleições de 2020 foram eleitos 58.208 vereadores e vereadoras e a hoje federação formada pelo PT, PC do B e PV conquistou em todo o País 3.671 mandatos.
O PT conquistou 2.658 (4,57%), o PC do B 761 (1,30%0) e o PV 252 (0,43%).
Como pode um partido político como da estatura do PT que ostenta nacionalmente um índice de preferência de votantes na ordem de 29%, que é apontado pelos maiores institutos de pesquisas eleitorais, só conquistar 4,57% na hora da escolha nas urnas?
Só há uma explicação: um acentuado descaso pela conquista das cadeiras do legislativo municipal, porque, no centro de sua tática está conquistar cargos executivos, como se tivesse sido criado para ser gestor de massa falida e não, tribuno das lutas do povo.
E não tem ninguém com coragem de pensar em Confúcio? Tem pelo menos um e que goza do mais amplo respeito de todas as camadas de petistas: Eduardo Matarazzo Suplicy que começou como deputado estadual no PMDB foi fundador do PT e deputado federal na primeira bancada na câmara; foi senador da República; ficou sem mandato e voltou a disputar e ganhar a cadeira de vereador e hoje, com mais de 80 anos é deputado estadual por São Paulo.
Há quem o ache meio louco; não é. É coerente, competente, comprometido com as demandas populares e deve ser exaltado como exemplar.
Aqui, pertinho de todos nós, inclusive dos que estão dando cabeçadas, também tem o exemplo de quem começou como vereador de Aracaju, foi deputado federal por 2 mandatos, prefeito da capital destituído, voltou para ser vereador e depois prefeito outra vez, deputado federal por mais 2 mandatos, vice- governador, governador reeleito e está vivo e muito lúcido e se chama Jackson Barreto Lima.
Para credenciar e dar importância ao cargo e exercício do mandato de vereador da capital é importante registrar que o governador Fábio Mitidieri começou sua escalada política como vereador de Aracaju, o mesmo acontecendo com o prefeito da capital Edvaldo Nogueira.
O que causa estranheza é a impressão de que o partido navega sem direção e as velas são sopradas por gente que não conhece todas as cartas náuticas e, sequer tem a carteira de Arrais amador para dirigir pequenas embarcações.

* Rômulo Rodrigues, dirigente sindical aposentado, é militante político

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