Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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Energisa cobra uma das tarifas mais caras do País


Publicado em 30 de agosto de 2012
Por Jornal Do Dia


O sergipano paga uma das tarifas de energia mais caras do mundo e não é apenas por conta dos altos impostos. De acordo com o economista Luiz Moura, do Dieese, desde a privatização da Energipe, em 1997, a tarifa do consumidor sempre subiu mais que a inflação e o salário mínimo

Cândida Oliveira
candidaoliveira@jornaldodiase.com.br

O Governo Federal já sinalizou que a tarifa de energia residencial pode cair até 10%, mas essa diminuição será percebida efetivamente quando o governo renovar as concessões, que vencem a partir de 2015.
O sergipano paga uma das tarifas de energia mais caras do mundo e não é apenas por conta dos altos impostos. Claro que eles sobrecarregam a fatura que chega à casa do consumidor, mas os altos lucros impulsionam o valor cobrado.

De acordo com informações do economista Luiz Moura, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Brasil possui um custo de produção energética que é umas das menores do mundo, por se tratar de energia renovável. Porém, desde a privatização da Energipe, em 1997, hoje Energisa, a tarifa do consumidor sempre subiu mais que a inflação e o salário mínimo. "Quando a energia era fornecida por uma empresa estatal, o valor tarifário era mais baixo", observou ele. Comprometimento – Hoje, uma família que paga mensalmente R$ 80 em consumo de energia e ganha  R$ 2 mil por mês gasta 5% de seu orçamento apenas com energia.

Tendo nas mãos todos os meses uma tarifa que sobe mais que o salário mínimo, o trabalhador sente no bolso. Por conta desse peso no orçamento mensal das famílias, o Governo Federal criou a Tarifa Social, que atende as famílias com baixo consumo de energia ou que fazem parte do Bolsa Família. As empresas de eletrodomésticos também investem em produtos com baixo consumo.

Atualmente, são cobrados dez encargos setoriais nas contas de luz, mais os impostos federais, estaduais e municipais. Segundo o Instituto Acende Brasil, são cobrados 14 encargos setoriais nas contas, além dos e impostos representam 45,36% do total da conta de luz.

Luiz Moura explicou que o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) fica com 33% da conta de energia. "18% já seria significativo, no entanto, é difícil o governo abrir mão de recolher o ICMS", disse.
Para ele a solução está em discutir com as empresas novos valores, já que as concessões estão vencendo. "Um exemplo exitoso é a da telefonia móvel, que pode ser escolhida pelo cliente e há opções como o celular pré-pago", sugeriu o economista.

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