Sexta, 19 De Abril De 2024
       
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ENFIM, UMA NOVA PALAVRA DE ORDEM


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Publicado em 05 de agosto de 2021
Por Jornal Do Dia


 

* Rômulo Rodrigues
Na última manifestação popular em repúdio ao governo Bolsonaro, apareceu um cartaz com uma palavra de ordem que poderá ser a nova arma para colocar para as massas, principalmente, as que faziam três refeições por dia, tinham direito a lazer, viajavam de avião, comprou casa própria, carro, tiveram acesso ao conhecimento, com ingresso ao mundo universitário e tantas outras coisas que perderam depois do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. A palavra de ordem que se destacava era: "Malditos milicos voltem para a caserna".
Cristalina, atual e necessária para ser o novo grito das ruas, por estar presente na história dos últimos 66 anos de um ataque militar em conluio com o presidente tampão Nereu Ramos e parado pelo contragolpe do general Teixeira Lott.
Chamado de golpe preventivo, o contragolpe liderado pelo general Lott, então ministro da guerra, foi a forma encontrada por ele para garantir a legalidade democrática e ratificar a posse de Juscelino Kubitschek, que havia sido eleito presidente da República em 03 de outubro de 1955.
Com o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, assumiu a presidência da República o vice João Café Filho, que rejeitou a proposta da UDN – União Democrática Nacional – principal partido de direita, que queria anular a eleição de 1955 para impedir a vitória de Juscelino, tática agora usada por Jair Bolsonaro para tentar impedir a vitória de Lula em 2022.
Juscelino venceu a eleição com 36% dos votos, derrotando o general Juarez Távora com30%; Ademar de Barros com 26% e Plínio Salgado com 8% e assim como Aécio Neves repetiu em 2014, a UDN não aceitou o resultado eleitoral e, sob o argumento de que a vitória de JK não havia sido válida por não ter tido a maioria absoluta dos votos – não havia segundo turno – e, por isso, o coronel do exército Jurandir Mamede, um dos líderes da conspiração, começou a pregar um golpe militar para impedir as posses do presidente e do vice-presidente, Juscelino Kubitschek e João Goulart.
A ação golpista do coronel Mamede, fez com que o general Lott fosse até o presidente interino Carlos Luz, que substituíra Café Filho, afastado por problema cardíaco, que se mostrou favorável ao golpe, o que fez com que Lott pedisse demissão do ministério da guerra e tomasse posição firme em defesa da legalidade e estancasse ogolpe, garantindo as posses dos eleitos.
Esse é o histórico do partido militar que tem como única atividade conspirar contra o Estado Democrático de Direito e rasgar a Constituição Federal, como está fazendo ao se subordinar a Bolsonaro e ser cúmplice de um genocídio, muitos pela ganância de usufruir bilhões de reais nas propinas das compras das vacinas.
Em contraposição ao comportamento patriótico e legalista do general Henrique Teixeira Lott; surgiram a partir do golpe militar de 1964, ditadores cruéis e corruptos que deixaram maus exemplos que perduram até os dias atuais.
No momento atual, se faz necessário falar da fraude do ditador Garrastazu Médici, divulgada na blogosfera, que, aos 79 anos adotou a neta Cláudia Candal, um ano e oito meses antes de morrer.
Onze dias depois da adoção declarou a filha adotiva como beneficiária na secção de pensionistas do exército.
Ela tinha 21 anos, não residia com o avô, tinha pai vivo, com emprego de alta remuneração; no momento, ela tem 50 anos de idade e ainda recebe polpuda pensão como atesta seu contra cheque de março de 2021, que mostra que ela recebeu R$ 32.213,10, líquido. As três netas do ditador Castelo Branco receberam cada R$ 92 mil em 2020 e a nora do ditador Costa e Silva recebeu R$ 524 mil, também em 2020, como viúva de coronel e filha de tenente coronel, em pensões acumuladas.
Já a sobrinha do também ditador general Ernesto Geisel, recebeu R$ 384 mil de pensão como dependente do pai, o também general Orlando Geisel.
Assim, os gastos da união com os pagamentos de pensionistas das forças armadas foram de R$ 19,3 bilhões em 2020, o que correspondeu a 20% do orçamento do Ministério da Defesa.
No meio de todo este gasto estão 140 mil filhas "solteiras" de militares, que ganham R$ 9,7 bilhões por ano, todo ano.
Notícias da atualidade também indicam que não há outro remédio para a saúde da democracia senão atender o que foi exposto no cartaz da manifestação; há denuncias de que o general Eduardo Pazuello não parou de fazer traquinagem, sendo que a mais recente foi empregar a namorada para trabalhar com ele e os dois gastarem R$ 114 mil em diárias para passearem e propagarem que o amor é lindo.
O general Luiz Ramos estreou na Secretaria Geral da Presidência da República recebendo Roberto Jeferson e proclamando-o reserva moral do Brasil.
Por sua vez, o general Braga Neto, ministro da defesa, está sendo acusado de mandaruma equipe de arapongas a Sergipe para bisbilhotar a vida do senador do PT Rogério Carvalho, que se destaca na atuação da CPI da Covid-19, em defesa do Brasil.
* Rômulo Rodrigues é militante político

* Rômulo Rodrigues

Na última manifestação popular em repúdio ao governo Bolsonaro, apareceu um cartaz com uma palavra de ordem que poderá ser a nova arma para colocar para as massas, principalmente, as que faziam três refeições por dia, tinham direito a lazer, viajavam de avião, comprou casa própria, carro, tiveram acesso ao conhecimento, com ingresso ao mundo universitário e tantas outras coisas que perderam depois do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. A palavra de ordem que se destacava era: "Malditos milicos voltem para a caserna".
Cristalina, atual e necessária para ser o novo grito das ruas, por estar presente na história dos últimos 66 anos de um ataque militar em conluio com o presidente tampão Nereu Ramos e parado pelo contragolpe do general Teixeira Lott.
Chamado de golpe preventivo, o contragolpe liderado pelo general Lott, então ministro da guerra, foi a forma encontrada por ele para garantir a legalidade democrática e ratificar a posse de Juscelino Kubitschek, que havia sido eleito presidente da República em 03 de outubro de 1955.
Com o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, assumiu a presidência da República o vice João Café Filho, que rejeitou a proposta da UDN – União Democrática Nacional – principal partido de direita, que queria anular a eleição de 1955 para impedir a vitória de Juscelino, tática agora usada por Jair Bolsonaro para tentar impedir a vitória de Lula em 2022.
Juscelino venceu a eleição com 36% dos votos, derrotando o general Juarez Távora com30%; Ademar de Barros com 26% e Plínio Salgado com 8% e assim como Aécio Neves repetiu em 2014, a UDN não aceitou o resultado eleitoral e, sob o argumento de que a vitória de JK não havia sido válida por não ter tido a maioria absoluta dos votos – não havia segundo turno – e, por isso, o coronel do exército Jurandir Mamede, um dos líderes da conspiração, começou a pregar um golpe militar para impedir as posses do presidente e do vice-presidente, Juscelino Kubitschek e João Goulart.
A ação golpista do coronel Mamede, fez com que o general Lott fosse até o presidente interino Carlos Luz, que substituíra Café Filho, afastado por problema cardíaco, que se mostrou favorável ao golpe, o que fez com que Lott pedisse demissão do ministério da guerra e tomasse posição firme em defesa da legalidade e estancasse ogolpe, garantindo as posses dos eleitos.
Esse é o histórico do partido militar que tem como única atividade conspirar contra o Estado Democrático de Direito e rasgar a Constituição Federal, como está fazendo ao se subordinar a Bolsonaro e ser cúmplice de um genocídio, muitos pela ganância de usufruir bilhões de reais nas propinas das compras das vacinas.
Em contraposição ao comportamento patriótico e legalista do general Henrique Teixeira Lott; surgiram a partir do golpe militar de 1964, ditadores cruéis e corruptos que deixaram maus exemplos que perduram até os dias atuais.
No momento atual, se faz necessário falar da fraude do ditador Garrastazu Médici, divulgada na blogosfera, que, aos 79 anos adotou a neta Cláudia Candal, um ano e oito meses antes de morrer.
Onze dias depois da adoção declarou a filha adotiva como beneficiária na secção de pensionistas do exército.
Ela tinha 21 anos, não residia com o avô, tinha pai vivo, com emprego de alta remuneração; no momento, ela tem 50 anos de idade e ainda recebe polpuda pensão como atesta seu contra cheque de março de 2021, que mostra que ela recebeu R$ 32.213,10, líquido. As três netas do ditador Castelo Branco receberam cada R$ 92 mil em 2020 e a nora do ditador Costa e Silva recebeu R$ 524 mil, também em 2020, como viúva de coronel e filha de tenente coronel, em pensões acumuladas.
Já a sobrinha do também ditador general Ernesto Geisel, recebeu R$ 384 mil de pensão como dependente do pai, o também general Orlando Geisel.
Assim, os gastos da união com os pagamentos de pensionistas das forças armadas foram de R$ 19,3 bilhões em 2020, o que correspondeu a 20% do orçamento do Ministério da Defesa.
No meio de todo este gasto estão 140 mil filhas "solteiras" de militares, que ganham R$ 9,7 bilhões por ano, todo ano.
Notícias da atualidade também indicam que não há outro remédio para a saúde da democracia senão atender o que foi exposto no cartaz da manifestação; há denuncias de que o general Eduardo Pazuello não parou de fazer traquinagem, sendo que a mais recente foi empregar a namorada para trabalhar com ele e os dois gastarem R$ 114 mil em diárias para passearem e propagarem que o amor é lindo.
O general Luiz Ramos estreou na Secretaria Geral da Presidência da República recebendo Roberto Jeferson e proclamando-o reserva moral do Brasil.
Por sua vez, o general Braga Neto, ministro da defesa, está sendo acusado de mandaruma equipe de arapongas a Sergipe para bisbilhotar a vida do senador do PT Rogério Carvalho, que se destaca na atuação da CPI da Covid-19, em defesa do Brasil.

* Rômulo Rodrigues é militante político

 

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