Escorpiões se transformam em ameaça durante o verão

Milton Alves Júnior

Técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), seguem chamando a atenção dos aracajuanos para o alto risco de picadas provocadas por escorpiões. Somente no ano passado, foram registrados mais de 800 atendimentos, com notificação em todos os 43 bairros da capital sergipana.
De acordo com o Ministério da Saúde, o escorpião-amarelo – visto com maior frequência em ambientes residenciais e trabalhistas -, costuma potencializar suas ações durante a primavera e o verão, momento em que as fêmeas se procriam com maior facilidade. Entre os meses de março e primeira quinzena de maio, os registros de acidentes também apresentam elevação pontual.
Para minimizar os riscos de ocorrências envolvendo esse animal, os especialistas garantem que uma das formas para combater a presença destes animais peçonhentos é diminuindo a quantidade de baratas nas residências, uma vez que estes insetos são fontes de alimentação dos escorpiões. É preciso ficar atento ainda às condições de acomodação e proliferação; escorpiões, normalmente, costumam se hospedar em lugares sombreados, escuros e úmidos.
Nos primeiros 45 dias deste ano o estado de Sergipe contabiliza mais de 130 casos confirmados; a região metropolitana de Aracaju – formado ainda pelos municípios da Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro -, lidera o ranking envolvendo esse tipo de acidente.
No ano passado foram registrados 5.232 casos de pessoas que foram atendidas por intoxicação. Dentre os números, 2.501 foram de intoxicação por animais peçonhentos, entre eles, serpentes, aranhas e escorpiões. “Diariamente chegam notificações de picadas de serpentes, escorpiões e aranhas. Mas nosso atendimento também é voltado para intoxicações de alimentos, cosméticos, uso de raticidas e entre outros. Estamos aptos para atender a população que necessite de assistência. Friso que em caso de animais peçonhentos, que são os casos de alta complexidade, procurem urgentemente a unidade mais próxima ou entrem em contato com o Ciatox pelo telefone 0800-722-6001 para qualquer orientação”, declarou o gerente do Ciatox, João Francisco dos Santos.