Esperança de futuro

Tão combatido, o programa de transferência de renda Bolsa Família produz resultados econômicos e sociais os mais relevantes, em diversas frentes. Segundo estudo divulgado esta semana, por exemplo, o programa reduz a pobreza na primeira infância, insuflando esperança de futuro para muita gente.

O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218). Estes são a prova viva da diferença que o Bolsa Família faz na vida dos brasileiros mais vulneráveis economicamente.

O Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), atesta que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Novidade nenhuma. O programa Bolsa Família completou 20 anos em outubro passado, período no qual fez diferença na vida de milhões de brasileiros, salvos da fome e da mendicância, graças ao esforço do governo federal. O número de cidadãos assistidos pelo programa deveria bastar para fazer dele uma feliz unanimidade. Não foi, contudo, sem controvérsia.

Os números provam, sem deixar margem para dúvidas, que o programa Bolsa Família combate desigualdades e promove justiça social, com reflexos positivos na economia. Qualquer reflexão em sentido contrário resulta, portanto, de má vontade ou alienação.