Estado e PMA não vão liberar academias e salões

Gabriel Damásio 

O governo do Estado e  a Prefeitura de Araca ju anunciaram ontem que não vão seguir o decreto baixado anteontem pelo presidente Jair Bolsonaro, liberando o funcionamento das academias de ginástica, cabeleireiros, barbearias e salões de beleza. Estes estabelecimentos foram incluídos pelo presidente na lista de serviços considerados essenciais, e que poderiam funcionar mesmo com as medidas de isolamento social contra o coronavírus, desde que obedecidas as determinações sanitárias do Ministério da Saúde. Tanto o Estado quanto o Município afirmaram que não irão reconhecer estas atividades como essenciais e que elas continuarão proibidas de funcionar, enquanto durar a pandemia. 
"Mesmo com o decreto do governo federal, as academias, salões de beleza e barbearia permanecem sem autorização para funcionar em nossa cidade. Estamos embasados em dados científicos e é necessário mantermos as medidas de distanciamento social.Não é hora de relaxar o funcionamento de serviços e atividades não essenciais. Por isso, no momento, não há possibilidade de alteração das medidas já estabelecidas, que estão prorrogadas até o dia 18 de maio e alinhadas ao decreto do governo de Sergipe", escreveu ontem o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, em mensagem nas redes sociais. 
O prefeito reiterou também que vai manter todas as medidas de isolamento social que foram decretadas até agora para evitar o alastramento da covid-19 na capital. E descartou a possibilidade de relaxamento das medidas. Com isso, está suspenso funcionamento do comércio em geral, de shoppings centers, academias, teatros, casa de shows e bares. E permanece o uso obrigatório de máscaras pela população em locais públicos, a exemplo do transporte coletivo. Além disso, restaurantes e lanchonetes podem continuar as suas atividades através do sistema delivery."O surgimento de novos casos nos mostra o crescimento da epidemia na cidade. Por isso se torna necessária a manutenção das medidas de distanciamento social, que as pessoas fiquem em casa e evitem aglomerações", enfatiza Edvaldo.
A mesma posição foi anunciada pelo superintendente de Comunicação do Governo do Estado Sergipe, Givaldo Ricardo. Para ele, a situação atual de Sergipe, com crescimento diário de número de casos da doença, "não é propícia à nova flexibilização". Ele destacou ainda que a decisão de não seguir o decreto presidencial se baseia em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada em abril, que resguardou a autonomia dos estados e municípios para adotar as medidas que acharem necessárias para combater o novo coronavírus, como isolamento social, fechamento do comércio e outras restrições, sem aval do governo federal.