Estado rebate empresários e diz ter plano para economia

O governo do Estado reagiu à carta aberta que foi divulgada anteontem por 19 entidades empresariais que representam o setor produtivo. Nela, os empresários abandonaram a cautela adotada na última semana e questionaram duramente o governo, cobrando a apresentação de um plano concreto para a retomada da economia e resultados concretos que comprovem a eficácia das estratégias adotadas até o momento para combater a pandemia do coronavírus, principalmente a do isolamento social. Ontem, o Palácio de Despachos fez divulgar uma longa nota de resposta, rebatendo o manifesto ponto por ponto. 
"Não é verdade que não existe um plano estruturado para combater a Covid-19 que proteja a saúde das pessoas. Esse plano existe e teve construção antes mesmo do registro de primeiro caso no estado, prova é a ampliação de novos leitos de UTI e de enfermaria, dos protocolos e da regulação que foram implementados para atender os casos provenientes do coronavírus. Não é verdade que o isolamento social não tem surtido efeito. Caso as medidas de isolamento não fossem tomadas pelo Governo do Estado no início da pandemia, Sergipe estaria com números de infectados e hospitalizados muito mais alarmantes do que os atuais", afirma a nota oficial.
O Estado citou que, desde o início da pandemia, "vem realizando estudos para permitir que uma série de setores estejam com suas portas abertas nas diversas áreas", e concedeu"uma série de adequações de ordem tributária que facilitaram a vida das empresas", além de intermediar, junto ao Banese, linhas de crédito em condições especiais de prazos e taxas de juros, em valores que chegam a R$ 500 milhões para capital de giro e investimentos. "Por fim, o Governo do Estado informa que trabalha com responsabilidade, confia na competência do setor de saúde e reafirma a existência do plano para combater a Covid-19 em Sergipe. Além disso, repudia a forma como a carta coloca essa questão como se houvesse irresponsabilidade e incompetência nessa gestão", finalizou o governo. 
Leia a cobertura completa da repercussão das cartas do governo e dos empresários na coluna Tribuna (página 3).