Quinta, 09 De Janeiro De 2025
       
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Estranha imunidade


Publicado em 23 de junho de 2020
Por Jornal Do Dia


 

Imune aos fatos, amigo da própria conveniência, o 
presidente Jair Bolsonaro não demonstra a menor 
disposição para dar o braço a torcer. Mais de 50 mil brasileiros mortos não são suficientes para o convencer do poder devastador do novo coronavírus. Fossem 50 milhões, a sua opinião certamente seria ainda a mesma.
Ninguém esperava que o presidente ficasse alheio às implicações econômicas da pandemia, como ele faz questão de insinuar. Ocorre que não há oposição real entre os cuidados sanitários exigidos pela crise e uma preocupação real com o emprego e a renda dos trabalhadores. Curiosamente, no entanto, Bolsonaro já avisou que vai cortar o valor do auxílio emergencial oferecido aos brasileiros mais vulneráveis pela metade. Segundo ele, R$ 600 é dinheiro demais. Os mais pobres vão ter de se virar para passar o mês com R$ 300.
A contradição é flagrante, mas o presidente brasileiro não se constrange com a falta de coerência. Não satisfeito com a crise sanitária e econômica que colaborou para acentuar, insufla também uma crise política. Bolsonaro não poupa adjetivos para se referir aos membros dos demais poderes da República, com a obrigação constitucional de vigiar os seus atos e lhe impor os devidos limites. Quem atravessa o seu caminho recebe patadas, ameaças.
Segundo projeção da Organização Mundial de saúde, 100 mil brasileiros devem ser mortos pelo Covid-19, em meados de julho. Mas Bolsonaro não tem uma palavra de solidariedade para dar aos brasileiros. Quem quiser que se cuide. O presidente está ocupado apenas com a própria sorte.

Imune aos fatos, amigo da própria conveniência, o  presidente Jair Bolsonaro não demonstra a menor  disposição para dar o braço a torcer. Mais de 50 mil brasileiros mortos não são suficientes para o convencer do poder devastador do novo coronavírus. Fossem 50 milhões, a sua opinião certamente seria ainda a mesma.
Ninguém esperava que o presidente ficasse alheio às implicações econômicas da pandemia, como ele faz questão de insinuar. Ocorre que não há oposição real entre os cuidados sanitários exigidos pela crise e uma preocupação real com o emprego e a renda dos trabalhadores. Curiosamente, no entanto, Bolsonaro já avisou que vai cortar o valor do auxílio emergencial oferecido aos brasileiros mais vulneráveis pela metade. Segundo ele, R$ 600 é dinheiro demais. Os mais pobres vão ter de se virar para passar o mês com R$ 300.
A contradição é flagrante, mas o presidente brasileiro não se constrange com a falta de coerência. Não satisfeito com a crise sanitária e econômica que colaborou para acentuar, insufla também uma crise política. Bolsonaro não poupa adjetivos para se referir aos membros dos demais poderes da República, com a obrigação constitucional de vigiar os seus atos e lhe impor os devidos limites. Quem atravessa o seu caminho recebe patadas, ameaças.
Segundo projeção da Organização Mundial de saúde, 100 mil brasileiros devem ser mortos pelo Covid-19, em meados de julho. Mas Bolsonaro não tem uma palavra de solidariedade para dar aos brasileiros. Quem quiser que se cuide. O presidente está ocupado apenas com a própria sorte.

 

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