Estudante de enfermagem morre na sala de aula

Foi sepultado no final da tarde de ontem o corpo da jovem Tarciane Aragão, de 28 anos, morta na noite da última quinta-feira, 22, enquanto estudava em uma instituição de ensino superior, em Aracaju. A cerimônia fúnebre ocorreu no município sergipano de Capela, cidade natal da estudante que não teve as causas do óbito confirmada por familiares. A Faculdade Maurício de Nassau informou que Tarciane era aluna do curso de Enfermagem, participava com frequência das atividades curriculares e, minutos antes do ocorrido, não havia apresentado sinais de problemas com a saúde. Ações emergenciais de primeiros socorros foram realizadas, mas sem sucesso.
A Faculdade Maurício de Nassau até a tarde de ontem não havia se pronunciado oficialmente sobre a morte da capelense. De acordo com o estudante Renato Fontes, mesmo não compartilhando da mesma sala de Tarciane, percebeu que professores e funcionários de várias áreas se mobilizaram a fim de tentar reanimar a jovem enquanto equipes de resgate não chegavam ao local. Ele relata que houve ainda ação colaborativa por parte de alunos da instituição, alguns, inclusive, que se ofereceram a conduzir Tarciane para o setor de urgência e emergência Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade relativamente próxima à faculdade.
"Situação triste e ao mesmo tempo de muita aflição para todos que estavam no momento. Independente se cursavam enfermagem, se conheciam ou não a moça, era visível que todos se sensibilizaram com a causa e a grande maioria tentou ajudar de alguma maneira. Infelizmente recebia triste informação que meso diante da unificação solidária ela não suportou", disse. A estudante deixou um filho ainda na fase da infância. No final da manhã de ontem, assim que o corpo chegou ao município de Capela, houve aplausos à Tarciane, e solidariedade aos amigos e familiares que seguiam em busca de informações sobre o motivo do óbito.
Por telefone, a amiga Edilene Nascimentos dos Santos declarou que a estudante de enfermagem desfrutava aparentemente de uma vida saudável ao ponto de se dispor a viver em viagem entre Aracaju e Capela. "Para todos nós foi uma grande surpresa negativa. Estamos todos tristes por saber que não iremos mais ter o prazer de dividir momentos de lazer. Difícil se deparar com alguém em acapela que não esteja comovida com o sofrimento dos familiares pela perda desta pessoa que sempre foi tão espetacular com todos. Dói saber que deixaremos, assim, tão cedo, de ter a Tarci diariamente com a gente em corpo presente. Sua luz permanecerá apenas na memória e no campo espiritual", lamentou.