Ex-PM envolvido no atentado a Luiz Mendonça morre na BA

Uma operação realiza- da ontem, a partir da  troca de informações entre os núcleos de inteligência da Segurança Pública de Sergipe e da Bahia, resultou na morte do ex-policial militar pernambucano Clodoaldo Rodrigues Bezerra, o "Bezerrão", condenado pela participação no atentado contra o desembargador Luiz Mendonça, do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), em 18 de agosto de 2010. A diligência aconteceu em Itamotinga, um distrito da cidade de Juazeiro (BA), onde Clodoaldo foi encontrado por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Companhia Independente de Operações em Área de Caatinga (Ciopac), ambas de Sergipe; e da Rondas Especiais (RondespNorte), da Polícia Militar da Bahia.
De acordo com o delegado DernivalEloi, diretor do Cope, o foragido era considerado de altíssima periculosidade e estava envolvido em diversos crimes de pistolagem, assalto a banco e tráfico de drogas. Com a informação de que ele estaria em Juazeiro, junto a alguns comparsas, os PMs da Rondesp Norte foram ao local e verificaram a autenticidade das denúncias. Na abordagem policial, ele reagiu com violência, disparando contra os agentes. Houve confronto e ele foi socorrido a um hospital da cidade, onde morreu.
Clodoaldo Rodrigues Bezerra foi condenado pela Justiça a uma pena de 46 anos, 11 meses e 29 dias de prisão pelas tentativas de homicídio contra Luiz Mendonça, à época presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE), e contra o cabo PM Jailton Batista Pereira, que era o motorista do desembargador e foi gravemente ferido com um tiro na cabeça. Na ocasião, o ex-PM e um grupo de comparsas seguiu o carro do magistrado e disparou mais de 30 tiros contra o veículo, na Avenida Beira-Mar, em frente à ponte do bairro Coroa do Meio (zona sul de Aracaju). Mendonça não se feriu e ainda tentou reagir ao ataque dos criminosos, usando uma submetralhadora que estava no carro.
O ex-PM pernambucano foi preso em novembro de 2010 e também foi condenado por envolvimento em outros crimes, como formação de quadrilha armada, porte ilegal de arma de uso restrito, incêndio, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e receptação. Ele chegou a ser encaminhado ao Presídio Regional Senador Leite Neto (Preslen), em Nossa Senhora da Glória, mas arquitetou uma fuga em massa do presídio que aconteceu em 21 de agosto de 2015, na qual 20 internos fugiram e trocaram tiros com agentes penitenciários que faziam a guarda do presídio. Durante a fuga, um agente morreu baleado e outros dois ficaram foram feridos.