Existe vida em Marte?

Rian Santos
riansantos@jornaldodiase.com.br

De uns dias para cá, espíritos insossos, jornalistas sisudos e até a agência espacial americana, a própria Nasa, deu de olhar e falar sobre o céu. A incidência de Objetos Voadores Não Identificados abatidos a bala faz pensar na extensão do universo, política externa, invasões e imperialismo em escala planetária. Num piscar de olhos, o mundo inteiro reagiu ao pesadelo da realidade presente abraçando uma paranoia sem freios, com ecos da guerra fria.
Não se trata aqui dos artigos repletos de imaginação da caricata revista Ufo – alguém lembra? Às divagações sem fundamento dos nerds, soma-se agora preocupações de gente séria. A Casa Branca se pronunciou sobre o assunto. O Pentágono, ao contrário, após uma entrevista coletiva desastrada, quando afirmou trabalhar com todas as hipóteses,alienígenas sem GPS incluídos, não deu mais nem um pio.
Os jornais informam pouco. E, assim, dão margem a toda sorte de especulações. Depois de identificar e derrubar um balão de origem chinesa em seu espaço aéreo, o governo do Tio Sam ampliou o monitoramento de aeronaves em toda a América do Norte. Num intervalo de poucos dias, entre a sexta-feira e o domingo, ao menos três Óvnis foram derrubados no Alasca, no Canadá e na região dos Grandes Lagos, no Estado de Michigan. Mais não se sabe.
Outro dia, de cara pra cima na Atalaia Nova, percebi estranhas trajetórias luminosas insinuando a própria inteligência entre as estrelas. Não me preocupei em formular hipóteses, poderia ser apenas embriaguez, sono, ilusão de óptica. De repente, no entanto, tudo fez sentido. A despeito de todos os erros, de todas as trapaças, ninguém nesse mundo morreria sozinho.