Exploração das reservas de gás é a única perspectiva de desenvolvimento

A participação do governador Fábio Mitidieri e de uma grande comitiva no Offshore Technology Conference – OTC 2023, o maior evento do mercado de óleo e gás do planeta, que foi concluído na quinta-feira, em Houston (EUA), confirma o que já vem ocorrendo desde o governo passado: o gás natural é a única expectativa de desenvolvimento do estado de Sergipe.
Em abril, o governador já havia participado, em Brasília, do workshop ‘Sergipe: a nova fronteira energética do Brasil’, promovido pela Eneva, uma das maiores empresas privadas de gás e energia do país.
A Eneva adquiriu no final do ano passado o controle Celse, um negócio de R$ 6 bilhões, e passou a ser dona do terminal de regaseificação do Porto de Sergipe e da usina termelétrica associada, na Barra dos Coqueiros.
O território sergipano possui um terço da reserva de gás natural do Brasil, de acordo com dados da Petrobras, que pretende iniciar a exploração e a produção, a partir de 2027, de novos campos em águas profundas.
Para o head de Relações Institucionais da Eneva, Marcos Cintra, esse potencial gigantesco de energia impõe ao Estado a tarefa de seguir se organizando para que grande parcela desse gás fique em suas divisas, gerando emprego, renda e desenvolvimento.
“Vemos que, aliado a essa disponibilidade com que a natureza presenteou Sergipe, e a esse projeto da Petrobras que, em breve, estará a produzir, o estado é dotado também de um aparato institucional poderoso, que projeta para os agentes econômicos estabilidade de regras, tranquilidade. As empresas sabem que vão trabalhar em um ambiente sabendo que encontrarão, tanto no Poder Executivo como na bancada federal e estadual, parceiros e aliados do desenvolvimento”, destacou Marcos Cintra.
Tanto em Brasília quanto nos EUA, Fábio Mitidieri ressaltou a importância da participação de todos, governo e parlamento, dialogando com os que fazem a roda girar. “Pois estamos atentos aos benefícios do crescimento potencial atrelado ao gás e à energia e estamos buscando criar um ambiente favorável ao investimento”, afirmou Fábio. “Queremos tudo aquilo de positivo que o gás pode trazer para nossa sociedade: emprego e renda, arrecadação de impostos e royalties, promoção de projetos sociais e a possibilidade de expansão de negócios. E são vocês, os players do setor, que podem nos ajudar nisso. Eu quero que a riqueza que nós temos debaixo da terra possa gerar melhores dias e melhor vida para nosso povo”, acrescentou o governador.
Mitidieri lembrou que ele e seus secretários têm feito uma busca ativa por grandes investidores, indústrias e empreendedores, que estão participando de eventos nacionais e internacionais, segundo ele, a fim de mostrar o que é Sergipe e o que se pode construir junto com sua população. “O nosso estado está de portas abertas: venham que vocês vão ter um governo parceiro, sério e transparente, para que possamos aproveitar essa janela de oportunidades, dialogando em eventos como este e como os que temos participado e iremos participar Brasil e mundo afora”, acrescentou.
Em 2019, durante um seminário sobre o mercado de gás que ocorria em Aracaju, com a presença do então ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o governador Belivaldo Chagas, uma tragédia impediu as discussões: o empresário Sadi Gitz, dono de uma indústria de cerâmica, se matou no meio do auditório, em protesto contra o preço do gás praticado pela Sergás, estatal do governo de Sergipe responsável pela distribuição do gás no estado.
O preço do gás não pode ser um impeditivo para o surgimento de novas indústrias, ou criar dificuldades para as empresas que já utilizam o produto em larga escala, sob pena de comprometer todo o esforço que vem sendo feito pelo governo de Sergipe.