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FACHIN PARA PRESIDENTE?
Publicado em 19 de fevereiro de 2021
Por Jornal Do Dia
* Rômulo Rodrigues
Faz parte da cultura do idiotismo no Brasil, qualquer canalha ou similar, que tomar uma atitude recheada de bravatas, ser logo saudado como um potencial candidato a presidente da República.
A bola da vez, no esforço da mídia hegemônica em plantar suas sementes híbridas, tipo Luciano Huck e Sérgio Moro, o ministro Fachin faz um esforço danado para mostrar um perfil de guardião da democracia e do Estado de Direito, repreendendo um Twitter do general pé na cova, Villas Boas, que enquadrou todo o STF para não soltar Lula, e assim, o golpe a serviço do mercado e dos EUA, ser consolidado, como foi em 1964, provavelmente, em troca de malas cheias de Dólares.
Já ouvi de pessoas que me causam a impressão de não terem o cérebro inteiro, sempre faltando algum pedaço, a indagação; mas, Fachin não é um homem sério? Sério até demais, respondo! E acrescento; os ditadores como Pinochet, Costa e Silva, Geisel e Médici também eram e mandavam torturar e matar por qualquer discordância.
Como sempre achei que a falsidade é irmã gêmea da sisudez, não consigo dar conversa nem crédito a quem aparenta essa tal seriedade. Vade retro satanás.
E por que a birra com o Fachin? Simples. Fez campanha perante os senadores para ser aprovado como indicado da presidenta Dilma como ministro do STF com afirmações de que tinha votado nela em 2010 e que era um juiz garantista, sendo inclusive saudado por blogueiros progressistas como uma garantia de autonomia do supremo ante as perseguições em voga pela lava jato.
Ao ser aprovado, nomeado e empossado, mudou de perfil? Coisa nenhuma; revelou-se. Saiu da toca e foi para o pelotão dos golpistas.
A certeza de que tinha mais um reacionário na suprema corte veio quando recebeu de bandeja a relatoria dos processos da lava jato com a morte, "suspeitíssima", do ministro TeoriZavaski, desprezou todos os sinais de alerta do antecessor quanto os procedimentos criminosos da operação e assumiu o manto de lavajatista empedernido, reafirmando com muita clareza o que disse nelson Rodrigues: "Por trás de todo paladino da moral mora um canalha". Recentemente o ministro, com seu semblante franciscano, parece ter despertado do choque emocional da morte do colega TeoriZavaski e danou-se a protestar contra golpes militares, seja lá onde aconteçam.
Fez sua sondagem inicial protestando contra o golpe em Mianmar e ficou na espreita para sentir a reação da sociedade.
Como a República União de Mianmar é um pequeno e pobre pedaço de terra perdido lá num cantinho da Ásia, mesmo ninguém dando atenção ao seu desabafo, ganhou coragem e foi para cima do general Villas Boas, lascando um inaceitável, por conta do Twitter do golpista e lesa pátria no caso do H.C de Lula.
E aí, antes que se formasse uma opinião de que seja candidato em 2022, chuta o balde com 50 litros de leite recém tirados da vaca e vota contra o direito da defesa de Lula ler as mensagens da vaza jato que provam a armação contra uma pessoa inocente, impedindo-o de concorrer e conquistar a presidência da República pela terceira vez.
Por mais benevolência que se tenha com o lapso do ministro, é hora de fazer a cobrança. Ministro, aquele Twitter feriu de morte a democracia, assassinou o Estado Democrático de Direito e jogou o país no caos cujo resultado mais tenebroso é o alarmante número de quase 250 mil mortes na pandemia, pelo Corona Vírus.
O silêncio de Fachin durante três anos, não pode ser um culto ao combate à corrupção, já que hádenúncias das farras dos militares nas compras de picanha, alcatra, filé, whisky, cerveja, lagosta, camarão, bacalhau, leite condensado chiclete, jujuba e outras regalias, com indícios de superfaturamento e notas frias.
É preciso que não só o ministro mas todo o STF saia do vergonhoso buraco em que se meteram e digam à nação que a quadrilha que assaltou o poder no Brasil vai além dos que compõem a lava jato.
Afinal, mais de onze mil militares nomeados para sugar as tetas da viúva representam o quê? Patriotismo é que não é; o nome disso é corrupção desenfreada e assalto aos cofres públicos.
Claro que estamos vendo reações fortes de alguns membros da Suprema Corte. Só que é muito pouco para frear o assalto. O que esperamos é que todos façam um chamado à sociedade civil para ganhar as ruas, logo após a vacinação, para varrer todo o lixo autoritário e punir os que estão praticando um genocídio.
Em paralelo ao chamamento patriótico e civilizatório, tem que decretar intervenção sanitária no ministério da saúde e autorizar os governos dos estados a fazerem compras em caráter emergencial das vacinas, diretamente dos fabricantes, pagando com os 388 bilhões de Dólares em reservas deixados pelos governos Lula e Dilma.
O dia "D" e a hora "H" já chegaram; dinheiro tem e vacina já.
* Rômulo Rodrigues é militante político