Farmácias de Aracaju recebem álcool em gel

Milton Alves Júnior

Farmácias, redes de su- permercados e forne- cedores on-line voltam gradativamente a comercializar potes de álcool em gel na região metropolitana de Aracaju. Depois de 20 dias contabilizando alta demanda comercial, mas com os estoques zerados, desde a última segunda-feira (6), o setor tem adotado medidas as quais visam garantir a oferta do produto para um maior número de consumidores. Entre essas ações administrativas, adotadas em conjunto – sobretudo pelas principais redes farmacêuticas do país, está o restritamento de dois potes do álcool em gel para cada CPF a ser cadastrado. Em caso de compra em grupo, formado por integrantes da mesma família, apenas duas pessoas podem adquirir o produto; as máscaras também voltam a ser disponibilizadas, porém, uma caixa por CPF.
Os preços variam de acordo com a marca e tamanho; um pote contendo 500 ml custa em média R$ 16. Para minimizar os riscos de comercialização com preços abusivos, fiscais do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon / estadual e municipal), estão intensificando as rondas de monitoramento em todos os estabelecimentos presentes nas cidades que compõem a Grande Aracaju. 

Renda extra – Diante da baixa oferta de máscaras cirúrgivas, profissionais da costura estão produzindo esse tipo de produto de forma caseira. Uma ação comercial devidamente autorizada pelos órgãos federais e internacionais da saúde, e que tem sido procedida em ouros países também bastante impactados com o coronavírus. A confecção dessas proteções faciais preciam apenas respeitar as dicas operacionais apresentadas por especialistas. Se deparando com uma queda produtiva superior a 90%, a costureira Eliane Batista revelou ao JORNAL DO DIA ter encontrado nessa produção, uma forma à mais de evitar problemas econômicos ainda mais agravantes. A depender do tipo, modelo e tamanho, esses preços variam entre R$ 6 e R$ 15.
 "A minha sorte foi que o carnaval foi bom, mas depois disso, logo com a quarentena, posso garantir que quase 100% das minhas encomendas foram suspensas. O jeito mesmo foi entrar nesse mercado das máscaras que não rende muito financeiramente, mas ao menos é muito melhor que nada. Muita gente quer as máscaras, mas as vendas não estão tão boas porque outras dezenas de pessoas também decidiram entrar nesse mercado", disse. Sobre a funcionalidade dos seus produtos, Eliane disse se tratar de uma medida além da proteção individual. "Temos observado que faltam equipamentos como máscaras para profissionais da saúde. Trocando a máscara vendidas nas farmácias por essas, toda a população acaba contribuindo para que os hospitais não fiquem desassistidos", concluiu.