Federais apreendem 372 quilos de maconha em dois carros na BR-101

Mais uma grande apreensão de drogas foi registrada pelas polícias Federal e Rodoviária Federal. Por volta das 13h30 de domingo, no quilômetro 102 da BR-101, em São Cristóvão (Grande Aracaju) equipes dos dois órgãos interceptaram dois carros que transportavam 372 quilos de maconha. A ação aconteceu em cumprimento a um mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Rinaldo Salvino Nascimento, da Comarca de Japaratuba (Vale do Cotinguiba), como desdobramento da "Operação Persistência", deflagrada na semana passada pela própria PF para prender outros 16 integrantes da mesma quadrilha.

Desta vez, foram seis os presos em flagrante pelo envolvimento direto com o transporte da maconha: Mylene Borges de Maraes, Douglas de Souza Brandino [com passagem pela polícia por posse de drogas], Bruno Lima do Nascimento [foragido por tráfico de drogas], Edilson Batista de Araújo [com passagem por porte ilegal de armas], Alan Fernandes de Souza [foragido por assalto] e Liwton Ferreira da Silva [preso no ano passado por tráfico de drogas).

Segundo informações do delegado Daniel Horta Alves, do Núcleo de Combate ao Crime Organizado da PF, as prisões da semana passada permitiram o levantamento de mais informações sobre uma nova carga de drogas que seria despachada pela quadrilha, por meio de dois carros. Com a identificação dos veículos levantada e a confirmação de que o grupo já estaria articulando o transporte da droga, os agentes da PF e da PRF articularam um plano e conseguiram interceptar os veículos em um trecho da BR-101 próximo ao posto da PRF, em São Cristovão. Durante a abordagem, os suspeitos tentaram fugir, mas bateram um dos carros em uma viatura policial e acabaram dominados.

O delegado explicou que os traficantes estavam distribuídos em dois veículos: um VW Gol prata de placa PEQ-7886/RN, que transportava a droga em compartimentos sigilosos acionados por um dispositivo no freio de mão, e um VW Gol de cor branca e placa JZY-3442/MS, cujos ocupantes faziam a escolta da droga. A PF apurou que os dois grupos se comunicavam por meio de um sistema de radioamador. No Gol branco, a comunicação era escondida no painel com dispositivo simulado para acioná-los, de forma a não levantar suspeitas em caso de abordagens policiais durante o trajeto. A origem dos dois veículos e o destino da droga estão sendo investigados pela polícia – e suspeita-se que um deles tenha sido roubado.

À polícia, os acusados não falaram onde teriam feito o carregamento da droga, nem também informaram para onde seria transportado. As investigações prosseguem e os acusados foram autuados com base nas leis 11.343/2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), e 12.850/2013, que define organização criminosa e dispõe sobre investigação criminal.