Quarta, 15 De Janeiro De 2025
       
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Federais na mira


Publicado em 06 de março de 2021
Por Jornal Do Dia


 

O governo Jair Bolsonaro jamais se conformou 
com a autonomia das universidades fede-
rais. O pendor progressista da maior parte dos campi, incluindo os corpos docentes e discentes, é lido como uma espécie de afronta aos valores eleitos pelo governo de turno. Incapaz de conviver com o dissenso, o presidente não esconde a intenção de submeter o ambiente acadêmico aos próprios caprichos.
É assim desde o início do governo Bolsonaro. Vira e mexe, o titular da pasta da educação entra em conflito com professores, estudantes e a direção das federais. No episódio mais recente, um ofício ameaçava com punição exemplar qualquer manifestação de cunho político em ambiente acadêmico. Em outras palavras: Sob o pretexto de combater o proselitismo, o MEC queria impedir o livre debate de idéias.
Com a repercussão do caso, o ofício foi revogado. Este não foi, contudo, um fato isolado. Bolsonaro já chegou a ponto de assinar uma medida que, na prática, feria de morte a autonomia universitária. Para ele, nada mais justo do que o ministro da educação nomear reitor quem ele bem entender, à revelia da comunidade docente e discente, à revelia até da própria Constituição.
Não foi sem aviso. O ambiente crítico das universidades federais, propício ao debate e à reflexão, nunca foi visto com bons olhos pelos governantes de turno em Brasília. Durante a campanha eleitoral, por exemplo, candidaturas simpáticas a Bolsonaro se queixaram das atividades acadêmicas voltadas para o tema das eleições junto ao tribunais eleitorais. E a polícia foi usada indevidamente para enquadrar professores e estudantes. Um prólogo sinistro.

O governo Jair Bolsonaro jamais se conformou  com a autonomia das universidades fede- rais. O pendor progressista da maior parte dos campi, incluindo os corpos docentes e discentes, é lido como uma espécie de afronta aos valores eleitos pelo governo de turno. Incapaz de conviver com o dissenso, o presidente não esconde a intenção de submeter o ambiente acadêmico aos próprios caprichos.
É assim desde o início do governo Bolsonaro. Vira e mexe, o titular da pasta da educação entra em conflito com professores, estudantes e a direção das federais. No episódio mais recente, um ofício ameaçava com punição exemplar qualquer manifestação de cunho político em ambiente acadêmico. Em outras palavras: Sob o pretexto de combater o proselitismo, o MEC queria impedir o livre debate de idéias.
Com a repercussão do caso, o ofício foi revogado. Este não foi, contudo, um fato isolado. Bolsonaro já chegou a ponto de assinar uma medida que, na prática, feria de morte a autonomia universitária. Para ele, nada mais justo do que o ministro da educação nomear reitor quem ele bem entender, à revelia da comunidade docente e discente, à revelia até da própria Constituição.
Não foi sem aviso. O ambiente crítico das universidades federais, propício ao debate e à reflexão, nunca foi visto com bons olhos pelos governantes de turno em Brasília. Durante a campanha eleitoral, por exemplo, candidaturas simpáticas a Bolsonaro se queixaram das atividades acadêmicas voltadas para o tema das eleições junto ao tribunais eleitorais. E a polícia foi usada indevidamente para enquadrar professores e estudantes. Um prólogo sinistro.

 

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